Uma das características de grande parte da Igreja Evangélica Brasileira é
a sua avidez por novidades. Vários segmentos evangélicos não se
contentam mais com a antiga doutrina pregada pelos apóstolos e pais da
Igreja — mais tarde defendida pelos Reformadores — e vivem numa busca
constante de novidades e modismos doutrinários.
Nos últimos anos,
vimos vários ensinos e práticas controvertidos invadirem os púlpitos e
infestarem a mídia evangélica, tais como: quebra de "maldições
hereditárias", "cura interior", "confissão positiva", "espíritos
territoriais", "mapeamento espiritual", cultos de "libertação",
"galacionismo" (a tentativa de levar a Igreja à práticas e ensinos do
Velho Testamento, como a guarda do Sábado e das festas de Israel),
dentre muitos outros.
Uma das últimas novidades a invadir o
arraial evangélico brasileiro chegou da Colômbia. Denominado G 12 (Grupo
12), esse é um movimento que propõe o crescimento das igrejas através
de células, com reuniões nas casas. O principal protagonista do G 12 é
César Castellanos Domínguez, líder da Missão Carismática Internacional,
com sede em Bogotá.
Entre 1989 e 1990, sua esposa Cláudia (com
quem se casou em 1976) envolveu-se com a política, sendo candidata à
presidência daquele país, ficando em quinto lugar no número de votos.
Mais tarde, ela conseguiu eleger-se senadora. O casal tem quatro filhas:
Joana, Lorena, Manuela e Sara Ximena.
Castellanos conta que
depois de sua experiência com Cristo e de trabalhar como evangelista nas
ruas de Bogotá, teve a oportunidade de pastorear pequenas igrejas,
durante nove anos de ministério. A última delas só tinha 30 membros
quando ali chegou, alcançando dentro de um ano, o número de 120 membros.
Insatisfeito com os resultados conseguidos nessa igreja, ele renunciou
ao pastorado.
Em fevereiro de 1983, enquanto passava férias numa
praia colombiana, diz ter tido uma experiência com Deus, que o chamava
para pastorear. No mês seguinte, iniciou na sala de sua casa a Missão
Carismática Internacional, com apenas oito pessoas.
Traçou depois
um alvo para atingir o número de 200 membros. O líder colombiano
confessa que foi grandemente influenciado por David (Paul) Yonggi Cho,
da Coréia, que já vinha adotando por várias décadas o sistema de
crescimento de igreja em células (também chamado de grupos familiares).
Atualmente
são muitos milhares que formam a família da igreja na Colômbia. Para o
final de 1997, a meta de Castellanos era ter 30 mil células e 100 mil
grupos. No ano 2000, seu alvo é ter um milhão de membros. Já pensou?
Já
existem no Brasil várias pessoas e ministérios que abraçaram a visão de
César Castellanos. Os que mais se destacam são Valnice Milhomens, muito
conhecida pelos seus programas de TV, e Renê Terra Nova, líder da
Primeira Igreja Batista da Restauração, em Manaus. A exemplo de Valnice,
Renê já pertenceu também à Convenção Batista Brasileira. Valnice
explica sua ligação com a Colômbia:
Tendo a convicção de que o
modelo de Bogotá era a base para o modelo que Deus tem para nós, temos
retornado às convenções para beber da fonte. Cremos que Deus deu ao Pr.
César Castellanos o modelo dos doze que há de revolucionar a igreja do
próximo milênio, pelo que o abraçamos inteiramente, colocando-nos sob
sua cobertura espiritual dentro dessa visão revolucionária, fundada na
Palavra de Deus. Tendo sido ungida como um de seus doze internacionais,
estamos, como igreja, comprometidos em viver essa visão.1
POR QUE G 12?
César Castellanos explica porquê:
Pedi
a direção do Senhor, e Ele prometeu dar-me a capacidade de preparar a
liderança em menos tempo. Pouco depois abriu um véu em minha mente,
dando-me entendimento em algumas áreas das Escrituras, e perguntou-me:
'Quantas pessoas Jesus treinou?' Começou desta maneira a mostrar-me o
revolucionário modelo da multiplicação através dos doze. Jesus não
escolheu onze nem treze, mas sim doze.2
Outros exemplos bíblicos
são citados, como as 12 pedras no peitoral do sacerdote (Êx 28.29);
também com 12 pessoas Jesus alimentou as multidões. Para reforçar o
argumento de Castellanos, Valnice acrescenta:
Podemos notar que o
número doze, nas Escrituras, é o número de autoridade e governo... O
dia tem 24 horas, que são dois tempos de doze. Cada ano tem doze meses. O
relógio não pode ser de 11 ou de 13 horas. Deve ser de doze horas, para
que possamos administrar o tempo. Não foi um capricho de Jesus escolher
doze homens. Ele sabia que estava ali a plenitude do ministério. Os
fundamentos requeriam doze apóstolos.3
Penso que não há
necessidade de se criar uma aura mística ao redor do número doze, pois
há outros números na Bíblia que também despertam a atenção. Pense, por
exemplo, no número três. Três é o número da Trindade. Três foram os
presentes que os magos do Oriente ofertaram a Jesus. Três foram os
principais patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó. Três foi o número dos
discípulos mais íntimos de Jesus: Pedro, Tiago e João.
O número
sete também é bastante sugestivo. Em sete dias Deus fez o mundo. Durante
sete dias, o povo de Israel marchou em volta da cidade de Jericó, até
conquistá-la. Instruído por Eliseu, Naamã mergulhou sete vezes no rio
Jordão para ser curado de lepra. Sete foi o número dos diáconos
escolhidos pelos apóstolos (Atos 6.5). Sete foram também as igrejas do
Apocalipse. Agora, pense no número 40. Por 40 o povo de Israel
peregrinou no deserto. Moisés esteve no monte durante 40 dias, jejuando e
orando na presença de Deus. Jesus jejuou 40 dias no deserto, por
ocasião de sua tentação.
COMO FUNCIONA O G 12
A igreja se
divide em pequenos grupos denominados células. As pessoas são
evangelizadas através das células, das reuniões na igreja ou de eventos
evangelísticos. Depois de evangelizadas, começa o processo de
consolidação. O novo adepto responderá um questionário chamado
mapeamento espiritual, com uma grande variedade de perguntas sobre o
passado da pessoa e de seus familiares. Algumas perguntas são bastante
constrangedoras. Tal questionário vai dar ao líder da célula ou ao
discipulador uma visão da jornada espiritual do novo discípulo. Em
seguida, ele será levado a participar da célula, passando a construir
novos relacionamentos.
Após esse processo inicial, a pessoa é estimulada (e muito) a passar pelos seguintes estágios:
1.
Pré Encontro: Constituído de quatro palestras preparatórias para o
encontro de três dias. Nessa fase, o discípulo recebe orientações sobre a
Igreja, o senhorio de Cristo, mordomia e batismo.
2. Encontro:
Um retiro espiritual de três dias, onde a pessoa receberá ministração
nas áreas de arrependimento, perdão, quebra de maldições, libertação,
cura interior, batismo no Espírito Santo e a visão da igreja. Cerca de
100 pessoas (jovens, mulheres, homens e crianças) são separadas um ou
dois meses após a sua entrega na igreja e são levadas a um lugar
distante do contexto familiar para serem ministradas. Para César
Castellanos, o encontro equivale a todo um ano de assistência fiel à
igreja.4
3. Pós Encontro: Quatro palestras para consolidação das vitórias alcançadas no Encontro.
4. Escola de Líderes: Formação em três estágios de três meses cada, para se tornar líder de célula e de grupo de doze.
5.
Envio: Quando alguém começa uma célula de evangelismo a partir de três
pessoas, tornando-se líder de célula. Depois de sua célula consolidada,
ele começa a formação do seu grupo de doze para discipulado, tornando-se
líder de doze. Consolidado seu grupo de 12, ele estimula a cada um a
formar seu grupo de doze. Surge então o líder de 144, e assim por
diante.
PRÁTICAS QUE PREOCUPAM
Não há nada de errado
em dividir a igreja em células ou grupos familiares para reuniões nos
lares ou outros locais. Muitas igrejas ao redor do mundo têm feito isso e
até com bons resultados.
Dependendo da região ou da cultura onde
se aplica o processo, pode ser uma boa idéia ou não. Creio que um dos
fatores que muito contribuiu para o crescimento da Assembléia de Deus no
Brasil foi o culto doméstico. Lembro-me de que quando me converti na
Assembléia de Deus de São José dos Campos, SP, em 1971, o culto
doméstico era uma parte importante da programação da igreja. Eu mesmo
participei intensamente de tais programações. As reuniões nos lares eram
usadas para a evangelização dos perdidos e para a edificação dos
crentes. Não havia aberrações doutrinárias.
Um dos problemas em
relação ao G 12 é a inserção de práticas, conceitos e ensinos nada
bíblicos, tais como quebra de maldições hereditárias, cura interior,
mapeamento espiritual, escrever os pecados em pedaços de papel e
queimá-los na fogueira, revelações extra bíblicas e outros. No meu livro
Evangélicos em Crise (Editora Mundo Cristão), tratei, de forma
abrangente, de algumas dessas aberrações.
Outra coisa intrigante é
a proibição taxativa de se relatar o que se passa nos encontros.
Conversei com várias pessoas que participaram e elas me falaram que a
única coisa que poderiam dizer do encontro é: "o encontro é tremendo".
Observe uma das normas do Encontro: "Não se pode mencionar muitas coisas
sobre o Encontro, porque o mesmo trás consigo muitas surpresas e todos
os seus participantes comprometem-se a não revelar absolutamente nada do
que receberam lá".5
Acho isso realmente muito estranho. Ora,
quando alguém recebe bênçãos de Deus, quando Deus faz uma grande obra
numa pessoa ou no meio de um povo, o mais natural e bíblico é dar
testemunho, é contar o que Deus fez. Tal proibição não tem base bíblica.
Ao contrário. Observe a declaração de Jesus diante do sumo sacerdote:
"Respondeu-lhe Jesus: Eu falei abertamente ao mundo; sempre ensinei nas
sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada disse em
segredo" (João 18.20).
Paulo escreveu a Timóteo: "E as coisas que
me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis
que sejam também capazes de ensinar a outros" (2 Timóteo 2.2).
Portanto, não há por que ficar escondendo informações dos demais. Isso
mais parece "maçonaria evangélica".
O G 12 assume também uma
postura exclusivista. Ele é apresentado como a única tábua de salvação
para a igreja, o último movimento de Deus na terra, a única solução para
a salvação das almas. É apresentado ainda como a restauração da Igreja
segundo o seu modelo original no livro de Atos dos Apóstolos. David
Kornfield, da Sepal, declarou:
Notamos que Deus está produzindo
um novo mover do Seu Espírito no seio da Igreja brasileira, à medida que
nos aproximamos de um novo milênio. Esse mover do Espírito é tão grande
que algumas pessoas o entendem como uma Segunda Reforma. A primeira
reforma, deflagrada por Martinho Lutero, tinha a ver com a justificação
pela fé e com a salvação individual. A Segunda Reforma celebra e
desenvolve a alegria de sermos salvos a nível coletivo; salvos para,
reciprocamente, vivenciarmos a alegria da vida em Cristo.6
César Castellanos confirma tal exclusivismo ao declarar:
A
frutificação neste milênio será tão incalculável, que a colheita só
poderá ser alcançada por aquelas igrejas que tenham entrado na visão
celular. Não há alternativa: a igreja celular é a igreja do século XXI.7
Nem
certos movimentos e líderes de Deus no passado escapam dos ataques do G
12. Valnice Milhomens denomina a Igreja da época do imperador romano,
Constantino, de "igreja política", dizendo que Constantino relegou
oficialmente o vinho novo aos odres velhos das catedrais. Sobre a Igreja
Reformada, ela diz que Lutero reformou o vinho (teologia), mas o
derramou novamente nos odres velhos.
Para ela, o movimento de
avivamento procurou reavivar o vinho dentro dos odres velhos. Os
pentecostais e os carismáticos derramaram o vinho do Espírito Santo
dentro dos odres velhos. Quanto a Igreja em Células, sua opinião é de
que Deus está recriando modelos de comunidade de odres novos que
preservem o vinho novo em odres novos.8
Não é a primeira vez que
um surge um grupo ou movimento religioso dizendo ser a única e última
solução de Deus para o mundo. Não vou mencionar aqui as diversas seitas
que já fizeram isso. Mesmo dentro do mundo evangélico, já surgiram
vários grupos agindo da mesma forma. Lembro-me de quando morei nos
Estados Unidos, estava em voga o Shepherding Movement (Movimento do
Pastoreio), que ensinava um forma de discipulado onde cada novo membro
no grupo tinha um líder espiritual, um discipulador, a quem prestava
contas de tudo em sua vida.
As críticas contra as igrejas eram
bem hostis e o movimento também se considerava a última solução de Deus
para o mundo. Mais tarde, muitos de seus líderes reconheceram que
estavam errados e pediram perdão, publicamente, pelos danos provocados a
muita gente.
Lembro-me de que aqui no Brasil, na década de 80,
surgiu um movimento promovido por várias comunidades denominado Novo
Nascimento. Sua ênfase era de que a pessoa, uma vez convertida, não
pecaria mais. E de novo, os testemunhos apresentados nesses movimentos
eram muito parecidos com os de hoje do G 12: "Eu fui membro (ou pastor)
de tal igreja, por tantos anos e não era salvo. Só depois que fiz o G 12
(ou os Encontros) é que recebi a vida eterna". Ora, isso é negar um
trabalho da graça já realizado anteriormente na vida da pessoa.
VENTOS DE DOUTRINA
O
G 12 tem sido grandemente influenciado por vários líderes da Confissão
Positiva (Teologia da Prosperidade) – entre eles, Kenneth Hagin. Um dos
exemplos é o emprego do termo rhema. Na língua grega, há dois termos
para o vocábulo "palavra": logos e rhema. Como os pregadores da
Confissão Positiva, vários líderes do G 12 (entre os quais César
Castellanos e Valnice Milhomens) fazem um alarde sobre uma suposta
diferença entre esses dois termos. Rhema, dizem eles, é a palavra que os
crentes usam para decretar ou declarar. É o "abracadabra". Já logos, é a
palavra de revelação, mística, direta, que Deus fala aos iniciados. O
termo pode referir-se também à Bíblia.
Há alguns anos, conversei
com Dr. Russell Shedd sobre esse assunto e ele me disse que o apóstolo
Pedro não fez distinção entre esses dois termos quando escreveu 1 Pedro
1.23-25. Por favor, veja a seguir:
v. 23: pois fostes
regenerados. Não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a
palavra (logos) de Deus, a qual vive e é permanente.
v. 24: Pois toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva: seca-se a erva, e cai a sua flor;
v. 25: a palavra (rhema) do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra (rhema) que vos foi evangelizada.
O
G 12 deixa muito a desejar no que se refere ao discernimento
doutrinário, pois tem sido grandemente influenciado pelos ensinos
anômalos de Peter Wagner e de outros na área de batalha espiritual.
Peter Wagner é professor da Escola de Missões do Seminário Fuller na
Califórnia, Estados Unidos. Entretanto, seus escritos sobre guerra
espiritual, como também os de Rebeca Brown, são inaceitáveis à luz da
Bíblia.
O G 12 não será o último vento de doutrina a invadir o
arraial evangélico. Seus líderes atuais já abraçaram outros modismos no
passado, e certamente abraçarão outros que virão. Por esta razão,
deixamos aqui um alerta ao povo de Deus: Todo líder, igreja ou
ministério que se abre para um vento de doutrina, um modismo
doutrinário, ou uma aberração teológica, estará sempre aberto para a
próxima onda, quando aquela já arrefeceu. Que Deus nos ajude a
permanecermos constantes, firmes na Rocha!
O que está por trás do Grupo dos Doze?
Preliminarmente,
queremos tecer algumas considerações a respeito do tão propalado e
comentado Grupo dos Doze (G-12), a fim de que o leitor fique inteirado
sobre a origem desse movimento. Na qualidade de cristão sincero, não
poderia deixar de abordar esse tema (I Co. 11.19). Também sabemos que é
dever de todo cristão batalhar pela fé que uma vez nos foi dada (Judas
3). É dever nosso, seja homem ou mulher salva por Jesus Cristo, procurar
mostrar a nossos irmãos, que têm uma fé pura e baseada na Palavra de
Deus, os ensinos e práticas antibíblicos que têm surgido em nosso meio,
sobretudo no que diz respeito às heresias proferidas pelos adeptos do
G-12, a partir de seu criador, o visionário e sonhador pastor colombiano
César Castellanos Dominguez, que vem. difundindo suas falsas visões
pelo mundo todo.
Não é pretensão nossa descer a detalhes, nem
dizer com a profundidade que o caso requer – até porque já temos livros
na praça sobre o assunto - mas tão somente informar de maneira concisa o
que é o movimento e em que pilares se fundamenta o Modelo dos Doze.
Após
a edição de nosso primeiro trabalho, em junho/2000, continuamos
pesquisando bem como nos atualizando com relação ao assunto e, por isso,
resolvemos reestruturá-lo e apresentá-lo aqui totalmente revisto e
atualizado. Minha preocupação não é com o crescimento numérico desse
movimento – até porque tem crescido às custas de crentes incautos de
outras denominações, que têm sido assediados por seus adeptos - mas com
os desvios teológicos que têm contaminado de forma decisiva diversos
irmãos que se dizem ser cristãos.
Em mais de trinta e quatro anos de
fé cristã, salvo pela graça e misericórdia de Deus, nunca vi tanta
confusão doutrinária no meio do povo de Deus em nosso país, como tenho
visto nesses últimos anos. O Brasil é um país místico, obcecado pelo
sobrenatural. Certamente esta é uma das razões por que seitas como
Testemunhas de Jeová, mormonismo, espiritismo e Nova Era têm proliferado
tanto aqui. E justamente agora, quando os cristãos deveriam unir-se
para enfrentar a fase mais difícil da Igreja, diante da iminente volta
de Cristo e a conseqüente revolta de satanás, surge um movimento desse,
dizendo-se ser cristão, mas que está mais para o judaísmo, espiritismo,
etc., do que para o cristianismo. Muitas pessoas, por não terem alicerce
bíblico, embasamento das doutrinas do Evangelho, portanto, têm sido
enganadas, tendo passado a viver em escravidão espiritual. Tendo
aparência de cristão e não sendo como afirmam. Pois têm relegado o
sacrifício vicário de Cristo e adotado práticas totalmente em desacordo
com o que a Bíblia ensina. Julgam-se salvas por métodos e rituais
criados por homens e desprezam ou não dão valor à graça divina. Têm
renegado a graça de Cristo, adotando rituais da lei, que nada têm a ver
com a dispensação (graça) em que vivemos.
Por se tratar de um
movimento herético, queremos apontar algumas referências bíblicas, que
alertam a Igreja do Deus Altíssimo sobre o que ocorrerá antes da volta
de Cristo, para arrebatar a Sua noiva, que O aguarda com grande
expectativa:
Surgirão ventos de doutrinas (Ef. 4.14, Hb. 13.9, 2 Tm. 4.3-4);
Surgirão falsos cristos e falsos profetas (Mt. 24.24);
Devemos ter cuidado com os falsos profetas (Mt. 7.15);
Haverá apostasia (2 Ts. 2.3);
Alguns apostatarão da fé (I Tm. 4.1-2);
Não devemos mudar nosso entendimento (2 Ts. 2.2);
Devemos ficar firmes e guardar as tradições (2 Ts. 2.15);
Devemos permanecer naquilo que aprendemos (2 Tm. 3.14);
Devemos reter a Palavra, que é igual à doutrina (Tt 1.9);
Quem não permanecer na doutrina não é de Deus (2 Jo 9).
Ao
ler os assuntos que colocamos em tela neste trabalho, lembre o leitor
que não estamos julgando, de forma nenhuma, a subjetividade de qualquer
um e nem tampouco a legitimidade da fé de quem quer que seja, mas por
desencargo de consciência, sentimo-nos impelidos a invocar a razão dos
fatos.
Perdoe-me o leitor por se sentir constrangido ao tratar
deste assunto, mas não podemos confundir o bem com o mal, o certo com o
errado, mesmo que haja algumas vezes aparente semelhança. Até porque nós
devemos lutar pela fé que nos foi dada (Judas 3).
COMO TUDO COMEÇOU
O
G-12 foi criado pelo Pastor Colombiano César Castellanos Dominguez,
baseado em uma "Visão" que Deus lhe teria dado. Isso ocorreu depois que
ele conheceu a Igreja liderada pelo Pastor David Yongg Cho, em Seul, na
Coréia do Sul, cujo trabalho é feito através de Igrejas com células (não
é "em" e, sim, "com" células), a exemplo dos Grupos Familiares, de
Discipulados, existentes aqui no Brasil.
Acontece, porém, que o
Pastor César, conforme relata em seu livro "Sonha e Ganharás o Mundo",
teve essa "Visão" e transformou a sua Igreja em Grupos de Doze, sendo
ele próprio responsável por doze líderes, estes por outros doze, cada
um, e assim sucessivamente, numa progressão geométrica. Nesse sistema o
Pastor é, apenas e tão somente, um supervisor de líderes (comentaremos
melhor sobre o caso adiante) e não de um rebanho, de uma igreja,
portanto.
COMO ENTROU NO BRASIL
No Brasil o
movimento baseado nesse princípio está com o Pastor Renê Terra Nova
(Ministério Internacional da Restauração), ex-Pastor da Igreja Batista
(Manaus-AM); com a Pastora Valnice Milhomens (Igreja Nacional do Senhor
Jesus), ex-membro, também, da Igreja Batista (São Paulo-SP); e com o
Pastor Robson Rodovalho (Comunidade Sara Nossa Terra), de Brasília-DF.
Recentemente também aderiu a esse movimento a Igreja Quadrangular, além
de outros líderes de somenos importância.
Segundo o Pastor César
Castellanos, na "visão" Deus lhe teria dito: "Sonha, sonha com uma
grande Igreja, porque os sonhos são a linguagem do meu espírito. A
Igreja que hás de pastorear será tão numerosa quanto as estrelas do céu e
a areia do mar, que de multidão não se poderá contar". Nessa mesma
"visão"Deus teria lhe perguntado: que Igreja gostarias de pastorear? De
acordo com suas experiências, observou que os que têm êxito são os que
apreenderam a ter esperança, a "sonhar", a projetar-se (seu livro citado
pág. 20, 21 e 34).
César Castellanos ensina que, pela utilização
dos sonhos, todos nós podemos provocar transformações no mundo real,
trazendo à realidade aquilo que incubamos em nossas mentes. Ao afirmar
que o "mundo é dos sonhadores", ele coloca uma condição para que
recebamos tudo de Deus: atrever-nos a sonhar. Esta afirmação contrasta
com o que a Bíblia diz: "e esta é a confiança que temos nEle, que, se
pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve" (I Jo 5:14).
Não existe absolutamente passagem alguma na Bíblia que se possa usar
para endossar a afirmação de que os sonhos são a linguagem do Espírito
de Deus. Há uma gritante diferença entre receber visões e sonhos de Deus
e desenvolver os seus próprios.
Este evangelho pervertido, como
afirmou o Pr. David Wilkerson, busca transformar homens em deuses.
É-lhes dito: "seu destino está no poder da mente (...), transforme seus
sonhos em realidade usando o poder da mente". Fique sabido de uma vez
por todas que Deus não abdicará de Sua soberania em favor do poder de
nossas mentes, seja ele positivo ou negativo. Devemos buscar a mente de
Cristo, e Sua mente não é materialista; não se focaliza no sucesso ou na
riqueza. A mente de Cristo se focaliza na glória de Deus e na
obediência à Sua Palavra.
Foi assim que surgiu a "Visão" para
implantar o Modelo dos Doze, o conhecido G-12, com Igrejas em Células de
multiplicação, resultado de um visionário sonhador. Veja como ele se
expressa: "Deus dá visões, revelações e ‘sonhos’ àqueles que se submetem
integralmente à sua vontade" (SONHA e Ganharás o Mundo, pág. 33).
Cremos, sim, nessa afirmativa, porém desde que tudo seja de conformidade
com a Palavra de Deus e não de acordo com desejos e caprichos pessoais.
É,
no mínimo, curioso o fato de o Pastor César Castellanos enfatizar tanto
as suas "Visões" dadas por Deus (?) e que o levaram a criar esse
movimento espiritual. Aliás, pelo que se sabe, todos os movimentos
gnósticos e seitas e heresias até agora surgidos sempre foram com base
em "Visões e Revelações", conforme afirmaram, dados por Deus. O que
dizer de Joseph Smith (fundador da Igreja dos Mórmons), Ellen G. White
(Mãe da Igreja Adventista), Kenneth Hagin (Teoria da Prosperidade),
Peter Wagner (Guerra Espiritual), David Berg (Os meninos de Deus),
Marilyn Hickey (Maldição Hereditária), Essek Willian Kenyon (Confissão
Positiva) e outros mais.
Entendemos ser bastante ridículo e, até,
antibíblico, dizer que "os sonhos são a linguagem do Espírito de Deus".
O Espírito Santo não nos traz sonhos, traz-nos realidade e poder para
proclamarmos o Evangelho de Cristo (At 1.8) e termos comunhão com Jesus
Cristo (Jo 14.26). É o Espírito Santo quem nos convence do pecado (Jo
16.18), revela-nos a verdade a respeito de Cristo (Jo 14.16-17), realiza
o novo nascimento (Jo 3.5-6) e faz-nos membros do corpo do Senhor Jesus
(I Co 12.13).
Pelo que se vê, o Pastor César está envolvido numa
redoma de vaidade, quer na multidão de seus sonhos, quer nas suas
muitas palavras (Ec 5-7).
Porém Deus disse: "Tenho ouvido o que
dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo:
Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que
profetizam mentiras, e que são só profetas do engano do seu próprio
coração (Jr 23.25-26)?". Não é demais relembrarmos que o último profeta
desta era foi João Batista (Lc 16.16) e foi Cristo quem disse. E se foi
Cristo, Ele tem autoridade! E como vem esse “profeta”de última hora?
Lendo
o livro do Pastor César, na pág. 88, deparamo-nos com a afirmação de
que Abraão, aos 99 anos, tinha muitas feridas não tratadas. Tal alegação
não procede e falta com a verdade ao proclamar tamanha aberração,
distorcendo os fatos bíblicos. O que a Bíblia nos revela é que Abraão
foi obediente ao chamado do Senhor e era homem de muita fé em Deus.
Foi-nos o exemplo (Gn 12.4 e Rm4.12).
Para o Pastor César,
somente após participar do "Encontro", cujo assunto abordaremos mais
adiante, é que o crente recebe a cura interior e é liberto de qualquer
maldição que tenha imperado em sua vida, bem como experimenta o
verdadeiro arrependimento e o novo nascimento. O "Encontro", afirma ele,
é mais importante do que os batismos na água e no Espírito Santo e
eqüivale a todo um ano de assistência fiel à Igreja (livro citado, pág.
91). Sobre a chamada cura interior e maldição também abordaremos
adiante.
Ele afirma, ainda, que qualquer "rejeição" de uma pessoa
que tenha ocorrido durante a gravidez, na infância ou na adolescência, é
o tema de maior tratamento dispensado durante o "Encontro" e cortar
todas as maldições que venham por descendência e compreender com
exatidão quem é Deus é um dos temas principais. (pág. 92). Biblicamente
não há respaldo para essas heresias do colombiano. Se o tivesse, José,
filho de Jacó, teria que ter passado por um tratamento, promovido um
"Encontro" para livrar-se de tudo que passou nas mãos de seus irmãos,
bem como quando esteve preso no Egito. E o que dizer de Jó, que perdeu
tudo o que possuía em um só dia, inclusive seus filhos? O Apóstolo Paulo
também precisaria desse "Encontro", para quebrar as maldições, porque
além de ter perseguido a Igreja de Cristo, também consentiu na morte de
Estêvão. Portanto, não há sustentação bíblica para tais rituais.
É
incrível o relato que o Pastor César faz na página 113, onde ele afirma
que para libertar uma mulher possuída pelo espírito de lesbianismo,
teve que orar por ela desde que se encontrava no ventre de sua mãe. Fez
uma regressão em toda a vida passada, a partir da concepção. Isto
baseado, segundo ele, em Efésios 1.4. Ora! Ficamos abismados com essa
narrativa! E nos perguntamos: o que tem a ver a libertação da
endemoniada com a passagem bíblica citada? Senão vejamos o que a Bíblia
nos diz no versículo citado: "como também nos elegeu nEle antes da
fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante
dEle em caridade". Onde o Pastor César Castellanos aprendeu essa
prática? Baseada na Bíblia, certamente, não! Não há um só versículo que
nos dê margem para "regressão". Essa prática faz parte de sua visão
pessoal, fundamentada em técnicas psicoterápicas e espíritas. A palavra
de Deus nos mostra bem claro como o crente deve proceder nesses casos:
Mateus 17.21 (oração e jejum) e Marcos 16.17 (em nome de Jesus). Esta,
sim, é a maneira correta e bíblica de expulsarmos os demônios, e não
fazendo levantamento da vida passada da pessoa endemoniada. Simplesmente
ele distorce a Palavra de Deus.
E as aberrações não ficam só no
que já comentamos. Para ele o "Pastor da Igreja é o Espírito Santo",
enquanto que ele (o Pastor César) "é apenas o colaborador" (livro
citado, pág.107-108). Mas que inversão de valores! A Bíblia Sagrada nos
afirma que o Pastor é o "apascentador do rebanho de Deus" (At 20.28) e
responsável pela "pregação e doutrina da Igreja" (II Tm 4.1-4), enquanto
que o Espírito Santo é o que habita em todo crente salvo (Jo 14.16-17 e
I Co3.16) e adverte a Igreja contra a apostasia (I Tm 4.1-2), além de
outros atributos. Em lugar algum das sagradas escrituras encontramos
Jesus, os apóstolos, ou o próprio Deus dizendo que quem pastoreia a Sua
igreja seja o Espírito Santo. São homens, sim, escolhidos por Ele (Deus)
para tomar conta do rebanho dEle, apascentar os salvos por seu Filho
Jesus (Ef 4.11-12). Esse pastor gosta de inverter as coisas. E como
gosta!
Diz ainda o Pastor César que o que "ele mais tem estudado
na Bíblia" é a vida de Jesus Cristo (livro citado, pág. 103-104). Não
nos parece verdadeira esta afirmativa. Onde ele encontrou no Novo
Testamento Jesus ou seus apóstolos ensinando sobre maldição hereditária,
quebra de maldição e regressões desde a vida intra-uterina? Onde ele
encontrou Jesus ensinando que a pessoa que O recebesse como Senhor e
Salvador fosse participar de um "Encontro", a fim de nascer de novo?
Foram as "Visões" que lhe revelaram? Aliás, impossível acreditar.
Porém,
os devaneios do Pr. César, que para ele foram palavras de Deus que lhe
foram dirigidas, não ficaram no que já relatamos. Conta ele em seu livro
retro mencionado, na pág. 83, que "ganhávamos e ganhávamos multidões de
uma forma sem precedentes na Colômbia, mas muitos deles não ficavam na
igreja. Em várias oportunidades encontrei-me com alguns dos convertidos
em diferentes lugares, que me diziam: ‘Pastor, eu conheci o Senhor na
missão, mas estou congregando em tal igreja’. Eu dizia: ‘Amém, glória a
Deus, esta alma não se perdeu, está sendo edificada!’. No entanto,
chegou o dia em que Deus chamou minha atenção, dizendo-me: ‘Estás
errado: essa alma Eu a trouxe à tua igreja; se tivesse querido mandá-la a
outra igreja tê-lo-ia feito. Enviei-a para ti para que cuides dela e
espero que me respondas’." Para quem conhece Deus e a Sua Palavra,
cremos que aqui não cabe qualquer comentário sobre o relato do pastor
colombiano. Primeiro porque Deus não faz acepção de pessoas, nem de
igreja, porque para Ele há uma só Igreja, nem tampouco igreja nenhuma
pertence a esse ou àquele pastor. A Igreja é do Senhor Jesus Cristo e
não uma exclusiva para o pastor César Castellanos.
Como afirmamos
inicialmente, o movimento nasceu na Colômbia; no Brasil tem como um de
seus braços fortes a Igreja Nacional, que é pastoreada por Valnice
Milhomens. Esta escreveu o seu mais recente livro intitulado "Plano
Estratégico para Redenção da Nação". Nele, ela descreveu com riqueza de
detalhes o que é a "Igreja em Células" adotada por ela em nosso país, e
como funciona o Modelo dos 12. Quer dizer que o plano para redenção do
Brasil e do mundo não é de Deus, em Cristo, mas o do G-12?
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO G-12
Abordaremos
a seguir os princípios básicos adotados pelo movimento, que norteiam
seus ensinos e práticas diárias de todos os seus adeptos. Julgamos,
assim, estar contribuindo para esclarecer o leitor, principalmente o
público evangélico, a respeito do movimento G-12.
Enfatizamos
mais uma vez que a Igreja é em Células e não com Células (pág. 60 do
livro supracitado). A diferença é que na "Igreja com células", estas
estão intimamente ligadas à igreja, trabalhando para a Igreja e têm todo
o apoio pastoral da Igreja, enquanto que na "Igreja em células", na
forma adotada pelo G-12, estas são autônomas, independentes e funcionam
como verdadeiras igrejas.
Nesse sistema de ‘Igrejas em Células’:
Os crentes cuidam uns dos outros (não há pastor, mas um líder) nas células;
A Igreja tem dois componentes básicos: a celebração e as células;
A Celebração é a reunião no Templo (observe o leitor que não é chamado de culto, mas celebração);
A Célula (em casas), porém, é a mais importante;
Na Célula são recolhidos os dízimos e as ofertas e celebram até a Santa Ceia;
Na
Célula pode fazer o batismo em águas, desde que a pessoa não tenha
condições físicas para ir ao Encontro, onde são batizados os seus
membros;
Pelo que se vê, o trabalho nas casas, onde as células
reúnem-se, está acima de todo e qualquer trabalho realizado no Templo.
Ao contrário do que ocorre nas demais Igrejas, que possuem ‘grupos
familiares’, de ‘discipulado’, etc (e não as conhecidas células do
G-12), que desenvolvem trabalhos de aprendizado da Palavra de Deus, e
que estão totalmente ligadas e dependentes de suas matrizes, sejam
templos centrais ou congregações.
Na Igreja em Células, nesse
modelo, seus membros participam da Igreja unindo-se às células. Nelas os
crentes são responsáveis uns pelos outros. (pág. 63). A Bíblia nos
ensina que quem vela (cuida) dos crentes é o anjo (pastor) da Igreja, e
não essa cumplicidade pregada pelo G-12.
Segundo afirma a
"Pastora" Valnice, "um Pastor não pode discipular mais do que doze
pessoas. Se isso fosse possível, Jesus o teria feito". E continua: "Ele
(o Pastor) não pode cuidar bem de uma Igreja com mais de cem membros".
Por isso é que "o pastoreio e discipulado acontecem no contexto da
célula" (pág. 63).Mas que absurdo! Trataremos do assunto mais adiante.
No
modelo dos Doze, o descrente, após sua decisão para Cristo, vai para a
célula (e não para a Igreja), onde permanece por dois meses até
participar do "Encontro" (pág. 85). Assim, o novo convertido, após um
ano de sua decisão, torna-se um Líder de Célula (Pastor?) e começa então
a formar seu grupo de doze (pág. 86).
Após a decisão, o novo crente deve (pág. 87):
Fazer
um mapeamento espiritual, onde lhe dá uma visão de sua jornada
espiritual até então. Esse mapeamento está mais para o ‘mapa do
zodíaco’, utilizado pelos espíritas e os astrólogos, do que para pessoas
que se dizem cristãs;
Receber treinamento sobre novos relacionamentos, incluindo princípios básicos da vida cristã;
Integrar-se à célula como seu membro;
Fazer o pré-encontro, composto de quatro palestras semanais, para então poder habilitar-se a fazer o "Encontro";
Participar
do "Encontro", que é um retiro espiritual de três dias, onde recebe
ministração de arrependimento, perdão, quebra de maldições, libertação,
cura interior, batismos no Espírito Santo e nas águas, bem como a "visão
da Igreja";
Participar do "Pós-Encontro", que consiste em quatro palestras semanais, a fim de consolidar o que aprendeu no "Encontro".
Durante
o "Encontro" (ou Desencontro?) todos ficam em absoluto silêncio, sem se
comunicar com ninguém (apenas durante as refeições é que podem se
comunicar, mas mesmo assim nada deve ser comentado sobre o que está
ocorrendo). Trata-se de prática chamada de "nobre silêncio", que há
muitos séculos (mais de 400 anos) antes de Cristo já era praticada por
Buda. Hinos são cantados por repetidas vezes e sempre há uma música de
fundo sem letra durante todos os trabalhos. Desta forma é feita uma
verdadeira "lavagem cerebral" nas pessoas. São técnicas psicoterápicas,
em que há até catarse. Um ato teatral é encenado, para que todos
entendam o sofrimento na cruz, o quanto Cristo sofreu por nós. Há uma
apelação muito forte para o emocional. Lidam com a emoção e o sentimento
das pessoas.
Pelo que se vê, observa-se que o novo convertido é
levado a seguir múltiplos rituais, alguns bons e até dignos de
observações, porém outros sem qualquer fundamento bíblico, a exemplo do
que é chamado de "pré-encontro" e de "Encontro". Cremos no que está
escrito na Bíblia, que o pecador é perdoado, liberto de todo o seu
passado mal e perverso, no momento em que aceita a Jesus Cristo com
sinceridade, arrependendo-se e se convertendo ao Evangelho do Reino.
Vejamos o que o Apóstolo Pedro nos disse em Atos 3.19: arrependei-vos,
pois, e convertei-vos para que sejam "apagados os vossos pecados".
Compare ainda Jo 3.16, Rm 8.1, Jo 1.12-13, Cl 2.13-14, Gl 3.13, Hb 8.12 e
10.17-18. Portanto, não vemos razão alguma para participar desse
Encontro. Aliás, o Pastor César também comenta em seu livro (Pág. 91)
que somente após o "Encontro" é que o crente recebe a cura interior e é
libertado de qualquer maldição que tenha imperado em sua vida. O que
equivale dizer que a Palavra de Deus, o Evangelho, o Sangue de Cristo,
não foi suficiente para retirar do crente tudo o que havia contra ele,
no dia em que aceitou o Senhor Jesus como Salvador?!
No Modelo dos Doze, todo crente recebe treinamento durante um ano para ser Líder (Pastor?) de Célula e de Doze (pág. 88), onde:
O
treinando recebe o ensino para ser "sensível" ao Espírito Santo, bem
como ensinar a outros através dos dons espirituais, ministrando cura e
libertação;
Todos os líderes de células têm que formar seus
Grupos de Doze e estes, também, devem ser treinados para se tornarem
igualmente líderes de células.
Como se pode perceber, por esse
modelo o Líder de Célula é um super crente, que tem todos os dons
ministeriais e todos são aptos a pastorear. Ora, as Escrituras ensinam
que Deus deu "uns" – não são todos, portanto – para Apóstolos, outros
para Profetas, outros para Evangelistas e outros para Pastores e
Doutores (Ef 4.11). E como é que vem um movimento desse fazendo de todos
os seus adeptos pastores, vez que cada um deles deve liderar um grupo
de doze, e que limitação é essa, visto que o grupo não pode ultrapassar
doze pessoas? Não, não é isso o que ocorre com a Igreja de Cristo, senão
vejamos o seu início: no pentecostes quase três mil pessoas se
converteram (At 2.41). Posteriormente, quase cinco mil também abraçaram o
Evangelho (At 4.4). Depois já não se podia contar os novos crentes,
pois eram "multidões" que aceitavam a Cristo (At 5.14). Desta forma, os
apóstolos eram “pastores”de incontáveis crentes e não de apenas um grupo
ou grupos de doze pessoas!
Afirma a Pastora Valnice, na pág. 99
de seu livro, que o Senhor está fazendo uma "virada na unção
ministerial". E continua: "a unção não vai estar somente em um homem, e
sim, numa equipe. A visão dos doze é uma visão de romper esquemas".
Relata, também na pág. 10: "É preciso romper as velhas
estruturas…ficamos absolutamente convencidos de que a Igreja em Células
ou nas casas, sem deixar as grandes celebrações de todo corpo no Templo,
era caminho de volta, no que concerne à estrutura". Assim, esse
movimento deixa de lado toda a estrutura eclesiástica da Igreja, como
ela é atualmente em todas as denominações evangélicas, e passa a existir
de forma desestruturada. É bom que se diga, inclusive, que até
seminários são condenados por seu criador. É tanto que a Pr. César
Castellanos, ao criar esse movimento, acabou com os que existiam em sua
igreja, alegando ser desnecessário o preparo do Líder em uma escola
convencional, mas que após um ano, apenas, de treinamento na “escola de
líderes” seria suficiente para prepará-lo.
Pelo que se observa e
compreende, o modelo é para todo o crente (Líder de Célula) ser um
Pastor e nada de um só Pastor para o rebanho (Igreja). E o Pastor César
Castellanos afirma textualmente em seu livro retro citado: "há
necessidade de inovar de forma radical e contínua. Toda a visão implica
em inovação. Estar disposto a romper com os moldes tradicionais, faz
parte do risco" (pág. 48). Ainda: "a lista de mudanças é quase
infinita... tudo porque decidimos por em prática o poder da inovação,
romper os velhos moldes. Definitivamente devemos ser criativos, o mundo é
daqueles que inovam." (pág. 52). Acrescenta ainda o Pastor César ao
falar sobre o nome de sua Igreja (Missão Carismática Internacional):
"...parecia-nos estratégico não colocar nenhum termo que associasse com o
evangélico, para que não produzisse rejeição, ou apatia, e a estratégia
funcionou" (pág. 51).
Diante das "inovações", "rompimento dos
modelos tradicionais", "virada na unção ministerial" e assim por diante,
na visão dos Doze, cada pessoa do grupo (Célula) tem a capacidade de
pastorear doze crentes. Estes também têm a condição de pastorear outros
doze.
Pelo que se vê, todos têm a unção (e a capacidade) e a
chamada de Deus para ser Pastores, nessa visão. Essa filosofia vai de
encontro ao que o Senhor Jesus Cristo ensinou sobre os diferentes
talentos que são concedidos aos crentes. Nem todos têm a mesma
capacidade, portanto. Compare Mateus 25.15, onde Cristo afirmou
textualmente: ‘e a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a
cada um segundo a sua capacidade’. Deus deu "uns" – não são todos,
portanto – para algumas funções ministeriais (Ef 4.11-12), visando ao
aperfeiçoamento dos santos e à edificação do corpo de Cristo (Igreja), e
não apenas para um grupo de "doze pessoas".
Vamos tratar sobre o
"Encontro" (ou Desencontro?), que consiste num retiro de três dias e
que, conforme a "Visão", assim como ocorreu com o Apóstolo Paulo (At
9.1-9) que passou três dias separado de seu contexto familiar e
cultural, também todos precisam, após dois meses da entrega a Cristo,
participar. Era preocupação do Pastor César Castellanos a retenção "dos
frutos", permanência dos novos convertidos na Igreja, já que nem todos
os que abraçavam o Evangelho permaneciam na Igreja. Daí por que julga
que somente através desses Encontros é que podem continuar sendo crentes
(Plano Estratégico para a Redenção da Nação, pág. 111, 118, 120 e 121).
Ao
que nos parece, data venia, há um certo desconhecimento quanto ao
assunto ventilado. Como sabemos, nem todos os que crêem na Palavra de
Deus permanecem nela. Foi o próprio Jesus que nos afirmou através da
parábola do semeador (Mt 13.1-9 e 19-23). No exemplo citado pelo Mestre,
entendemos que apenas 25% (a semente que caiu em terra fértil)
permanece e dá fruto. As demais sementes (três, ou seja, 75%) que caíram
em solo pedregoso, entre os espinhos e à beira da estrada, não
permaneceram, se desviaram, deixaram o evangelho (observe que todas
creram na Palavra de Deus, porém não permaneceram!) Muitos são chamados,
porém poucos são os escolhidos (Mt 22.14). E como é que vem
esse”profeta”de última hora querendo fazer com que, os que participam de
seus ‘encontros’ todos permaneçam na igreja?!. Portanto, essa premissa é
falsa e não encontra amparo na Palavra de Deus. Os que defendem esse
preceito que nos convençam do contrário!.
Dizer que Paulo foi
separado por três dias para ficar longe de seus familiares e de sua
cultura é desconhecer onde ele se encontrava. Todos sabemos que o
Apóstolo estava a caminho de Damasco e, portanto, já estava separado do
convívio familiar. O Encontro dele nada tem a ver com o "Encontro"
patrocinado pelos da "Visão" da Colômbia. Esse raciocínio não procede. O
encontro que Paulo teve com Deus foi aquele que todos nós
experimentamos quando aceitamos a Cristo, quando nos arrependemos, nos
convertemos e passamos a ter uma nova vida (Jo 5.24, Rm 10.8-11 e II Co
5.17).
Nos "Encontros" são abordados vários temas, várias ministrações. Dentre muitas outras, fazemos referências às seguintes:
OS ENSINAMENTOS DO G-12 E AS REFUTAÇÕES BÍBLICAS
Arrependimento:
é explicado o "genuíno arrependimento", é quando o crente declara
detalhadamente os seus pecados, chora, urra (o termo é esse mesmo),
"sente dor" por ter ofendido a Deus (Pág. 118 do Plano Estratégico).
Dizem que o verdadeiro arrependimento só se dá quando da participação do
novo convertido ao Encontro.
Refutação – Quanta aberração
existe! Quer dizer que o crente não foi perdoado por Deus no dia em que
aceitou a Cristo? Jesus nos disse que quem ouve a Sua Palavra e crê
naquEle (Deus) que O enviou tem a vida eterna (Jo 5.24). Assim, cremos
que a salvação é instantânea, não há a necessidade de marcar um
"Encontro" para termos que nos arrepender de novo. Se o genuíno
arrependimento só se dá nesse "Encontro", conforme a "Visão" do G-12,
como ficaria a situação da pessoa que morresse antes de participar desse
"ritual"? Não, não cremos assim! O ladrão na cruz, o mordomo da
Etiópia, Zaqueu, Cornélio, dentre muitos outros exemplos bíblicos, todos
foram salvos na hora em que se encontraram com Cristo. Compare Cl 2.14,
Hb 8.12 e 10.17-18, Tt 3.4-7, etc. Em Atos 2.38-43 vemos quase 3.000
pessoas sendo salvas por Cristo e o foram quando o Espírito Santo as
convenceram através do pronunciamento do Apóstolo Pedro. Foi um
arrependimento verdadeiro e sincero. Nada de ‘encontro’ nos moldes
promovidos pelo Grupo dos Doze. O mesmo aconteceu comigo e com os
crentes em geral, salvos pela graça de Deus. Fomos salvos no momento em
que ouvimos a Palavra de Deus, nos convencemos de que éramos pecadores e
por isso nos arrependemos e passamos a ser novas criaturas. Não
precisamos participar de "Encontros"para nos tornarmos salvos, graças a
Deus.
Quebra de Maldições: são ensinadas as causas das
maldições e o Espírito Santo (?) mostra as maldições e como quebrá-las
(Pág. 119). São ministradas as bases bíblicas (?) sobre maldição
hereditária e analisados os pecados familiares; os crentes são levados
ao arrependimento por identificação – em lugar de seus pais (Pág. 137).
Para tanto precisam perdoar seus antepassados, ou seja, pais, avós,
etc., a fim de que suas maldições sejam quebradas.
Refutação –
Concentrados principalmente no Antigo Testamento, criam uma nova
doutrina a partir destes textos – Êxodo 20.5 e 34.7; Deuteronômio 5.9 -
desconhecendo completamente o significado bíblico de bênção e maldição.
Confundem maldição com efeitos do pecado. É óbvio que uma criança que
vive sob a influência diária de uma família corrompida, certamente terá
grande probabilidade de tornar-se adulta com os mesmos vícios, erros e
metida nas mesmas iniqüidades de seus pais, avós, tios, etc. Isso não é
maldição. Isso são conseqüências do pecado. Confundem maldição com
traumas pessoais. Pessoas que sofreram um grande choque emocional ou que
se sentem envergonhadas por alguma deficiência, podem ser pessoas
reprimidas e problemáticas. É um prato cheio para alguém dizer que tal
pessoa está amaldiçoada quando, na realidade, o que a pessoa necessita é
de gente que lhe valorize, que lhe transmita força moral e espiritual e
não de "profetas" que lhe venham colocar um problema a mais em sua
mente. Confundem maldição com questões genéticas. De problemas
hereditários (que obviamente não são maldições) ou genéticos o mundo
está repleto. Porém daí dizer que isto é maldição é um absurdo
inqualificável. Quanta ignorância e prática antibíblica! Tudo quanto
existia contra nós Cristo já pagou na cruz, desde o instante em que O
aceitamos e nos convertemos a Ele (Hb7.25, 8.12; Cl 2.14; Jo 1.12-13).
Tudo aquilo que era contra nós, Cristo já perdoou cravando na cruz a
cédula (dívida) que nos era contrária (Cl 2.13-14). O filho não leva o
pecado do pai, nem este o do filho (Ez 18.1-4, 19-22, 26-28 e 30-32 e Mq
7.18-19). E o que dizer de uma pessoa que não conheceu nem o pai nem a
mãe (órfão). Como é que ficaria a sua situação? Já que não vai poder
romper com as maldições de seus pais, à vista de não saber que tipos de
maldições seus pais eram portadores. Ensinar que um cristão tem que
romper com maldições ou pacto dos antepassados, pedindo perdão por eles é
minimizar o poder de Deus quando de sua conversão. A Bíblia Sagrada nos
diz que toda desobediência é amaldiçoada (Nm 23.7,8; Sl 109.17; Dt.
11.26-28; Gl 3.10) e que Jesus Cristo já nos abençoou (Ef 1.3) e que
nenhuma condenação (maldição) há para os que estão em Cristo Jesus (Rm.
8.1). Não há maldição para os que são filhos da obediência (Lc 11.28;
Tg. 1.25). Jesus se fez maldição por nós. O que dizer, então, dos filhos
dos reis de Judá que tinham pais bons e eram maus, ou tinham pais maus e
eram bons? Por fim, nos diz a Palavra de Deus (Pv 26.2) que maldição
sem causa não virá. E ainda: a maldição do Senhor habita na casa do
ímpio, mas a habitação do justo (salvo por Jesus Cristo) Ele abençoará
(Pv 3.33) E a causa maior chama-se pecado. Enfim, os textos citados (Êx
20.5; 34.7 e Dt 5.9) referem-se àqueles que aborrecem a Deus, que se
desviam de Deus e vão seguir a outros deuses. Em outras palavras, a
maldição de que se trata é para os idólatras e não para quem tem Deus
como o único Deus verdadeiro e o seu Filho Jesus Cristo como único e
bastante Salvador. O gedozistas confundem ‘maldição’ com ‘obras da
carne’, de que falou o apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas no
capítulo 5 e versículos 19 a 21.
Libertação: ocasião em
que todos escrevem num papel todo o seu passado, fazendo uma lista de
seus pecados e, todos cantando e ‘dançando’ jogam no fogo esses papéis.
Assim, sentem que foram totalmente libertados (pág. 119 e 137).
Refutação:
trata-se de pura invencionice, criação humana, sem nenhuma eficácia.
Não é isso o que nos ensina a Palavra de Deus. Pelo contrário, quando o
pecador aceita a Cristo recebe instantaneamente o perdão de todos os
seus pecados. Todo o seu passado ficou para trás (Jo 8.32 e 36, Rm 6.18,
II Co 5.17, Fl 3.13 e Cl 2.13-14). Havendo conversão, havendo,
portanto, salvação, há libertação total. Toda pessoa convertida e que
está em Cristo foi liberta do império das trevas e transportada para o
reino do Filho do seu amor (Cl 1.13-14). A conversão implica sair das
trevas para a luz, e ser convertido do poder de satanás ao poder de Deus
(At 26.18).
Cura interior: todos os encontristas são
levados ao arrependimento, por aceitar feridas e abrigar a amargura,
ressentimentos, mágoas, iras e maus ressentimentos em relação às
pessoas. Para tanto é ministrada a ‘cura’, levando as pessoas a
visualizarem mentalmente a sua formação "desde a concepção" até a
ocasião do Encontro (regressão), lidando com a rejeição, traumas e
pecados (pág. 138). É nesse momento em que todos os encontristas
"precisam liberar perdão às pessoas envolvidas em cada fase (da infância
à fase adulta), e até mesmo a Deus. Libera perdão a pai, mãe, irmãos,
familiares e a Deus" (Manual do Encontro, pág. 100/101, Pr. Renê Terra
Nova).
Refutação – Mas que absurdo, liberar perdão até a Deus?
Parece inacreditável, mas é isto mesmo que está sendo ensinado: que
devemos perdoar a Deus. Trata-se de uma aberração herética de tal
gravidade que dispensa qualquer comentário bíblico. Simplesmente negam o
absolutismo e a soberania de Deus, convertendo em dissolução a graça de
nosso Deus (Jd 4). Nada contra a cura interior em si. Ela é importante e
saudável. Porém temos restrições quanto ao método empregado pelos
gedozistas. É inaceitável a catarse utilizada na busca da cura interior.
É prática antibíblica. É prática psicoterápica e não um meio espiritual
de libertação. Por que nós vamos ter que voltar ao nosso passado, desde
a concepção, passando pela infância, a adolescência, fase adulta, até
àquele "Encontro" para podermos nos livrar de tudo o que nos aconteceu
durante a nossa vida pregressa? Não tem sustentação bíblica. Compare Pv
11.8, II Co 5.17 e Fl 3.13, além de Jo 8.32 e 36. Para o crente o
passado não mais existe, ficou no esquecimento, somos novas criaturas,
passamos a ter nova vida no presente pelo poder transformador da palavra
de Deus e projetamos o futuro alicerçado no amor e na santidade, que é
um processo contínuo e dinâmico, diário, até chegarmos a varão perfeito
(Ef 4.13, Fl. 3.13-14). Nos diz a Palavra de Deus que a ansiedade no
coração do homem o abate (Pv 12.25), porém nos diz a mesma Palavra que o
justo é libertado da angústia (Pv 11.8); que Deus conserva em paz
aquele cuja mente está nEle (Is 26.13); a verdade nos libertando através
de Cristo, estamos livres (Jo 8.32 e 36). É Deus que sara e liga as
feridas (Sl 147.3). Se quisermos cura interior sigamos o que nos diz I
Pe 5.6: "Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade porque Ele tem cuidado
de vós." E o salmista nos disse: "Lança os teus cuidados sobre o Senhor e
Ele te susterá" (Sl 55.22). Esta é a receita para a cura interior e não
perdoando a antepassados, inclusive a Deus, e fazendo regressão!
Durante
o Encontro seus participantes fazem duplas, quando então uma das duas
pessoas passa a narrar o que aconteceu em sua vida passada, como sejam,
seus traumas, frustrações e pecados cometidos, devendo a que está
ouvindo permanecer em silêncio, até que seu companheiro ‘desabafe’ tudo
que tem dentro de si. Terminada essa maratona, os papéis se invertem e o
que estava ouvindo o lamento do outro vai adotar idêntico procedimento.
Ou seja, a dupla confessa seus pecados mutuamente. Não vemos
sustentação bíblica para isso. Até por que de que adianta confessar
pecados a uma pessoa que nada tem a ver com o que aconteceu! Somente a
Cristo devemos confessar nossos pecados para que sejam perdoados. E só
devemos confessar nossas ofensas a outrem e pedir o seu perdão, quando
essa tiver sido ofendida por nós ou o inverso, termos sido ofendidos por
ela.
Quanta gente pelo Brasil afora tem adoecido após ter
participado desses Encontros! Temos conhecimentos e testemunhos de
pessoas que ficaram descompensadas emocionalmente em João Pessoa (PB),
Manaus (AM), Brasília (DF), São Paulo (SP), entre outros. Só para
exemplificar, citamos o caso de uma jovem de Brasília que precisou
medicar-se, ficando internada por várias semanas e, seu pai, que não é
evangélico, exigiu do pastor da igreja, onde ela fez o ‘encontro’, o
custeio de todas as despesas realizadas com sua filha. E a Igreja viu-se
obrigada a pagar tudo, sob pena de ser acionada judicialmente.
Para
o modelo dos doze, "quando alguém prega a palavra, ministra cura
interior, quebra maldições, ministra o batismo no Espírito, vão ter
‘pessoas curadas’, não vai haver pecado na Igreja, não vai haver
imoralidade, não vai haver fofocas nem murmurações. É uma Igreja sadia"
(pág. 123).
O que acha o leitor sobre a afirmativa acima? Que
Igreja santa, não é verdade? Afirmamos à luz da Palavra de Deus, que
perfeição só alcançaremos no Céu. Enquanto estivermos aqui na terra,
toda e qualquer Igreja (as mais diversas denominações) terá problemas,
enfrentará situações adversas, e até escândalos poderão haver. Aliás,
serão inevitáveis, porque foi o próprio Jesus quem disse (Lc 17.1).
Sempre haverá joio semeado no meio do trigo. Cremos, sim, numa Igreja
sadia, porém trata-se da Igreja invisível e constituída por cristãos das
mais diversas Igrejas genuinamente evangélicas. E somente o Senhor Deus
conhece essa Igreja invisível.
Hipnose: porta para o ocultismo:
Durante estes dias de um suposto grande estresse e pressão, [alega-se
que] a hipnose estaria pronta a oferecer cura para as massas. A
hipnose... [seria] uma ferramenta terapêutica que os profissionais de
saúde [poderiam] tirar do baú para lutar contra o vício do fumo ou
problemas de obesidade; para administrar os problemas de ansiedade,
medos e fobias; para curar dor; superar depressão; melhorar a vida
sexual das pessoas; para curar males tais como a asma e a febre;
enfrentar quimioterapia sem sentir náuseas; para curar ferimentos mais
rapidamente; e para aumentar as notas na escola. Além disso, ...a
hipnose [poderia ser usada] como parte do processo terapêutico para
reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos, para acelerar a
recuperação do paciente, e para reduzir o desconforto pós-operatório.
Dentistas [poderiam] usar técnicas hipnóticas em conjunto com óxido
nitroso com o propósito de relaxar os pacientes, minimizar dor e
hemorragia, e controlar a rejeição do paciente ao anestésico durante as
intervenções.A parte mais triste disso tudo é que alguns cristãos
desavisados estão dispostos a "tentar" a hipnose. Uma propaganda em um
jornal, publicada por uma Clínica Hipnoterápica (existe até uma
"Sociedade Americana para Hipnose Clínica"), fez algumas afirmações
incríveis que indicam como a técnica de hipnose realmente não é bíblica
(i.e., da Nova Era):A hipnose é o método mais efetivo de mudar a sua
maneira de pensar, sentir e agir. Quando você alinha a sua mente
subconsciente – sua voz interior – com sua mente consciente, você apaga
crenças conflitantes que o restringem. Você pode então avançar, sem
sabotar a si mesmo. As técnicas da clínica hipnótica guiam você a um
estado de mente relaxado e pacífico. Você mantém total controle enquanto
aprende a usar o poder de toda a sua mente a fim de criar um desejo
forte de atingir o seu alvo. Você pode mudar a sua vida.A hipnose não é
algo novo. Ela já tem sido usada durante milhares de anos por
feiticeiros, médiuns espíritas, xamãs, hindus, budistas e iogues. Mas a
popularidade crescente do uso da hipnose para a cura no mundo secular
tem influenciado muitos na Igreja a aceitarem a hipnose como um meio de
tratamento. Há médicos, dentistas, psiquiatras e psicólogos,
não-cristãos e cristãos professos, que recomendam e usam a
hipnose.Violentação da vontadeAinda que um hipnotizador possa produzir
somente um transe leve ou médio, ele não pode impedir alguém hipnotizado
de entrar espontaneamente na zona de perigo, a qual pode incluir um
senso de separação do corpo, uma aparente clarividência, alucinação,
estados místicos similares aos descritos pelos místicos orientais, e até
o que o pesquisador de hipnotismo Ernest Higard descreve como
"possessão demoníaca". Nós argumentaríamos que a hipnose pertence ao
oculto em qualquer nível de transe, mas quando ela se aprofunda em seus
níveis, a hipnose está indubitavelmente ligada ao ocultismo.Há
controvérsias sobre se um hipnotizador pode ou não levar uma pessoa a
fazer alguma coisa contra a sua própria vontade. Muitos hipnotizadores
dizem categoricamente que a vontade não pode ser violada. Mas a
evidência aponta em outra direção. A hipnose aumenta a capacidade de uma
pessoa ser sugestionada a tal ponto que o sujeito crerá quase qualquer
coisa que o hipnotizador lhe disser – até mesmo ao ponto de ter uma
alucinação mediante a sugestão do hipnotizador. Durante a hipnose, as
habilidades críticas de uma pessoa são reduzidas de tal forma a ponto de
criar o que tem sido chamado de "transe lógico", o que aceita, sem
discernimento, aquilo que normalmente pareceria irracional, ilógico e
incompatível.Pelo fato de quase qualquer coisa parecer plausível para
alguém no estado de transe, é possível para uma pessoa hipnotizada agir
contra a sua vontade, ou seja, fazer o que não faria se estivesse fora
do estado hipnótico. A hipnose passa por cima da vontade ao colocar a
responsabilidade do lado de fora da escolha objetiva, racional e
crítica. Com as habilidades normais de avaliação submergidas, a
sugestibilidade aumentada, e as restrições racionais reduzidas, a
vontade estará seriamente impedida e, no mínimo, aberta para ser
violada."Memórias" do passado e previsões do futuroUm uso popular da
hipnose tem sido o da procura da memória para "voltar até a infância".
Alguns pacientes inclusive descrevem suas experiências do que eles crêem
ser sua vida no ventre da mãe e seu nascimento subseqüente (isto é
impossível, entretanto, por causa do fato científico neurológico de que a
mielina do cérebro pós-natal é incapaz de guardar tais memórias).
Outros ainda descrevem algum tipo de estado desincorporado e, então, o
que eles identificam como sendo suas vidas passadas e antigas
identidades. Quanto disso é criado pelo aumento da sugestibilidade,
imaginação irrestrita, transe alucinógeno ou intervenção demoníaca não
pode ser determinado! Além disso, a Bíblia claramente contradiz a noção
de vidas passadas e reencarnação – "...aos homens está ordenado morrerem
uma vez" (Hb 9.27).A hipnose nem mesmo é confiável para recordar coisas
recentes. O que é "lembrado" sob o efeito da hipnose tem sido muitas
vezes criado, reconstruído ou melhorado durante o estado de alta
sugestibilidade. Pesquisas indicam que depois de hipnose, a pessoa é
incapaz de distinguir entre uma recordação verdadeira e o que imaginou
ou criou sob o efeito da sugestão. Muito provavelmente, a hipnose trará à
luz falsas impressões como se fossem eventos verdadeiros do passado
(indivíduos podem e muitas vezes mentem durante a hipnose!). É mais
provável então que a hipnose mais contamine a memória do que ajude a
pessoa a lembrar o que realmente aconteceu.Além da terapia hipnótica das
vidas passadas, alguns praticantes estão fazendo agora terapia
hipnótica da vida futura. A pessoa hipnotizada supostamente vê os
futuros eventos, resolve assassinatos, revela os destinos futuros de
personalidades bem conhecidas, etc. Alguém envolvido nessa viagem
hipnótica deve perguntar a si mesmo: "Onde está a linha de demarcação
entre o demoníaco e o divino, entre a esfera de Satanás e a da ciência?
Em que ponto a porta das trevas se abre e o diabo conquista uma
fortaleza na alma?"Rótulos científicosPelo fato de alguns médicos e
psicólogos usarem a hipnose, a maioria crê que ela seja algo médico e,
portanto, científico. O rótulo de "médica" antes da palavra hipnose dá a
impressão de que a hipnose é benevolente e segura. Até mesmo alguns
cristãos famosos alegam que a hipnose pode ser de ajuda se praticada por
médicos cuja intenção seja boa e não má (apesar da hipnose ter sido
investigada através de meios científicos, e existirem alguns critérios
mensuráveis sobre o transe em si mesmo, a hipnose não é uma
ciência).Ninguém sabe exatamente como a hipnose "funciona", além do
óbvio "efeito placebo" – o uso bem-sucedido do "falso feedback" (falsa
realimentação) da mesma maneira como o "feedback" é usada em técnicas
ocultas comuns à acupuntura, biofeedback e psicoterapia. Mas combinar a
palavra hipnose com a palavra terapia não transforma essa prática oculta
em científica. Um paletó branco pode ser uma roupa bem mais respeitável
do que penas e caras pintadas, mas as coisas básicas permanecem as
mesmas. A hipnose é hipnose, mesmo que seja chamada de hipnose médica,
hipnoterapia, auto-sugestão, ou qualquer outra coisa. A hipnose nas mãos
de um médico é tão científica quanto uma forquilha para procurar água
nas mãos de um engenheiro civil.Transes que ocorrem mediante a ação de
médicos não são significantemente diferentes da hipnose do ocultismo.
Nos seus artigos sobre hipnose, os quais são usados em escolas de
medicina, dois renomados pesquisadores afirmam categoricamente: "O
leitor não deveria se confundir pela suposta diferença entre hipnose,
zen, ioga e outras metodologias orientais de cura. Ainda que os rituais
de cada uma difiram uns dos outros, eles são fundamentalmente a mesma
coisa." Só porque a hipnose é usada por um médico não significa que ela
esteja livre de sua natureza ocultista. Mais e mais praticantes de
medicina estão sendo influenciados por essas antigas práticas médicas do
ocultismo. O movimento de cura holística tem casado, com muito sucesso,
a medicina ocidental com o misticismo oriental.Transes hipnóticos
auto-induzidosAqueles que poderiam se sentir um pouco nervosos com o
fato de serem hipnotizados por outros, muitas vezes, tendem a se sentir
seguros com a auto-hipnose (ainda que essas pessoas, em um transe
hipnótico auto-induzido, possam ganhar um certo controle e exercitar
algum grau de escolha, eles, mesmo assim, não retêm o seu meio normal de
avaliação da realidade, e moderação racional). Mestres de auto-hipnose
geralmente tentarão assegurar às pessoas que a hipnose é simplesmente a
atenção enfocada, concentração aumentada, relaxamento, visualização e
imaginação. No entanto, tais atividades são precisamente os meios para
se entrar em transe. Além disso, eles continuam ligados em um nível
diferente durante o transe. Ao imaginar que está deixando o corpo, a
pessoa pode entrar em um transe com o tipo de alucinação e transe lógico
de tal forma que realmente parece estar fora de seu corpo.Um médico, ao
ensinar auto-hipnose em uma classe, instruiu seus estudantes a entrarem
em transe hipnótico, deixarem seus corpos, e então voltarem-se para
explorar várias partes dos seus corpos. O propósito de tal exercício era
o auto-diagnóstico e a cura de si mesmo. O ocultista Edgar Cayce também
usou auto-hipnose para diagnosticar enfermidades e prescrever
tratamentos. Portanto, a auto-hipnose pode ser uma atividade tão
ocultista e demoníaca como um transe dirigido por um
hipnotizador.Hipnose e ocultismoEm seu livro Peace, Prosperity and the
Coming Holocaust (Paz, Prosperidade e o Futuro Holocausto), Dave Hunt
faz algumas observações interessantes a respeito do porquê ele
classificaria hipnose como parte do ocultismo:Uma razão para chamarmos a
hipnoterapia de um ritual religioso é o fato de que ela produz efeitos
misteriosos que deixarão totalmente confundido um investigador que a
analise como ciência; (1) sob hipnose administrada por psiquiatras,
pessoas que nunca tiveram contato com OVNIs podem ser estimuladas a
"lembrarem-se" de um rapto por um OVNI que coincide em detalhes com
aqueles descritos por outros que supostamente foram raptados por eles;
(2) a hipnose também leva a ter "memórias" espontâneas de vidas passadas
e futuras, com mais ou menos um quinto delas envolvendo uma existência
em outros planetas; (3) o transe hipnótico também duplica as
experiências que são comuns sob o estímulo de drogas psicodélicas,
meditação transcendental, e outras formas de ioga e meditação orientais;
(4) a hipnose também cria poderes psíquicos espontâneos, clarividência,
experiências fora do corpo, e todo um espectro de fenômenos ocultos; e
(5) a experiência da chamada morte clínica (quase-morte) é também
produzida sob hipnose.Duas conclusões que a maioria dos investigadores
acha muito desagradáveis, mas que parecem ser inescapáveis são as
seguintes: (1) há uma origem comum por detrás de todos os fenômenos
ocultos, incluindo OVNIs, que parece estar hábil e deliberadamente
orquestrando uma fraude inteligente para seus próprios propósitos; e (2)
a hipnose, ou o poder da sugestão, está no coração desse esquema de
fenômenos ocultos.A conexão entre a hipnose e o misticismo oriental é
evidente. Nas várias profundidades do transe hipnótico, pacientes
descrevem experiências que são idênticas a da consciência cósmica e
auto-realização induzidas pelo transe da ioga. Eles primeiro
experimentam uma paz profunda, depois a separação do corpo, depois a
liberação de sua própria e pequena identidade a fim de fundirem-se com o
Universo, e o sentimento de que eles são tudo e não têm qualquer
limitação para o que podem experimentar ou se tornar. Por exemplo, uma
consciência de ser deus "na qual o tempo, o espaço e o ego são
supostamente transcendentes, mergulhando na pura consciência do nada
primal do qual toda a criação existente tem sua origem."A hipnose
começou como parte do ocultismo e da religião falsa. A Bíblia fala
fortemente contra todas as práticas das falsas religiões e do ocultismo.
Deus deseja que o Seu povo, com suas necessidades, se volte para Ele, e
não para aqueles que praticam feitiçaria, adivinhação ou encantamento.
Ele avisa Seu povo para não seguir médiuns, mágicos, encantadores,
feiticeiros, e aqueles que consultam os mortos (Deuteronômio 18.9-14). A
hipnose, tal como é praticada hoje, pode muito bem ser a mesma coisa
que é identificada na Bíblia como "encantamento" (Levítico 19.26).No
hipnotismo, a fé é transferida de Deus e de Sua Palavra para o
hipnotizador e sua técnica. Deus fala ao Seu povo através da mente
consciente e racional. Ele criou os indivíduos como criaturas que fazem
escolhas conscientes e volitivas. Ele enviou o Seu Santo Espírito para
habitar nos cristãos a fim de capacitá-los a confiar nEle e obedecer-Lhe
através do amor e da escolha consciente. A hipnose, por outro lado,
opera na base da imaginação, ilusão, alucinação e engano. Jesus alertou
Seus seguidores contra o engano. Depois que uma pessoa abre a sua mente
para o engano através da hipnose, ela pode se tornar muito mais
vulnerável a outras formas de fraude espiritual.A hipnose pode gerar as
imitações satânicas do exercício da verdadeira religião. Se a hipnose
gera qualquer forma de fé e adoração que não é dirigida diretamente para
o Deus da Bíblia, qualquer pessoa que se submete ao hipnotismo pode
estar fazendo o papel de prostituta na esfera espiritual (veja Lv
19.26,31; 20.6,27; Dt 18.9-14; 2 Rs 21.6; 2 Cr 33.6; Is 47.9-13; Jr
27.9).O hipnotismo é, na melhor das hipóteses, potencialmente perigoso,
e, no pior dos casos, demoníaco. No pior caso, ele abre um indivíduo
para experiências psíquicas e de possessão satânica. Quando os médiuns
entram em transe hipnótico e contatam os "mortos‘, quando os
clarividentes revelam informações que eles não poderiam conhecer de
forma alguma, quando os prognosticadores, através de auto-hipnose,
revelam o futuro, certamente Satanás está agindo.ConclusãoDevido a todas
essas razões: porque a hipnose tem sempre sido uma parte integral do
ocultismo, porque ela não é uma ciência, por causa dos seus conhecidos
efeitos maléficos, e por causa de sua fraude espiritual, o cristão deve
evitá-la completamente, até mesmo por motivos "médicos". É óbvio que a
hipnose é letal se usada com propósitos maus. No entanto, nós
argumentamos que a hipnose é potencialmente letal seja para qualquer
propósito que for usada. No momento em que alguém se rende à porta do
ocultismo, mesmo em nome da "ciência" e da "medicina", ele se torna
vulnerável aos poderes das trevas.
O MODELO É CÉLULA E NÃO IGREJA
Sintetizamos
abaixo os princípios básicos que norteiam o Movimento dos Doze (G-12),
de acordo com os seus criadores, cujos pensamentos estão contidos nos
livros Sonha e Ganharás o Mundo, do Pastor César Castellanos Dominguez, e
Plano Estratégico para Redenção da Nação, da Pastora Valnice Milhomens
Coelho:
Jesus confiou-nos a missão de fazer discípulos e não membros de igreja;
A única Igreja certa é a do G-12, ou seja, em Células;
Todo
novo convertido deve ser conduzido a uma Célula (não é a uma Igreja),
onde deve ser acompanhado por um Líder de Célula e, ao fim de dois
meses, participar do "Encontro", quando então se dá o novo nascimento;
Os Pastores apenas supervisionam as Células;
Visão
dos Doze: virada na unção ministerial. Unção em uma equipe e não
somente numa só pessoa. É para romper esquemas. Todos têm capacidade
para pastorear;
O que se presta a Deus no Templo é uma celebração
e não um Culto. Porém nos diz o Apóstolo Paulo que devemos prestar a
Deus é um culto (Rm 12.1) e não uma celebração. Ressalte-se, entretanto,
que o culto não deixa de ser uma celebração, porém a celebração do G-12
é um trabalho totalmente diferente (com danças, assobios, gritos, etc,
etc.) daquele que conhecemos e prestamos a Deus.
A preocupação
maior, o alvo principal e o objetivo a ser perseguido dentro do Modelo
dos Doze, é procurar reter o fruto, ou seja, o crente permanecer na
Célula; fazer a Igreja crescer quantitativamente, às custas de inovações
e rituais tirados do judaísmo, do espiritismo, do catolicismo romano e,
porque não dizer, até de seitas orientais;
O verdadeiro encontro da pessoa com Cristo só se dá nos chamados "Encontros";
O "Encontro" vale mais do que um ano de assistência efetiva à Igreja;
O "Encontro" é mais importante do que o batismo nas águas e o batismo no Espírito Santo;
Todos
têm capacidade para ser líderes (Pastores). É bastante seguir a "Escada
do Sucesso" e, após um ano de treinamento, estarão aptos a ser líderes
de Doze.
Refrão do Movimento: "O encontro é tremendo". Porém
sabemos que tremendo só Deus, este é mesmo ‘tremendo’ (I Cr16.25, Sl.
111.9). Deus é que deve ser extremamente tremendo (Sl 89.7) e não um
"Encontro" sem base bíblica.
O G-12 guarda o Sábado com pequenas
diferenças em relação aos adventistas. E o dia para eles termina às 18
horas e não às 24 horas. Isto porque, segundo afirmam, o dia no início
da criação terminava à tarde, na "virada do dia", quando Deus ia ter o
encontro diário com Adão.
Eles acham que estão sendo injustiçados
e mal compreendidos pelas demais igrejas. Entendem que estão passando o
que Assembléia de Deus suportou por várias décadas. Mas que diferença!
As Assembléias de Deus sofreram discriminação por defender o poder
pentecostal que é bíblico e que já é aceito por todas ou quase todas as
denominações, enquanto que as Igrejas integrantes do G-12 pregam e
disseminam heresias que não têm sustentação bíblica.
Ritos utilizados nas igrejas do G-12, por ocasião das celebrações:
Formação
de trenzinhos com pequenas bandeiras levantadas pelas mãos, pelo meio
do Templo. Essa atitude está mais para brincadeira de estudantes em suas
escolas, do que para um povo que se diz ser cristão;
O púlpito
se transforma num palco de danças, após o encerramento das celebrações.
Dizem que assim procedem porque tanto Davi como Miriam também dançaram.
Porém esquecem-se de que houve motivos fortes para que eles assim
procedessem. O primeiro dançou pela recuperação da Arca do Senhor, que
estava em mãos de uma nação inimiga. Miriam o fez pelo grande milagre
que Deus operara, quando dividiu o mar vermelho em duas partes e o povo
atravessou em solo seco. E há de se observar, também, que foram fatos
isolados - apenas duas vezes – e mesmo assim nenhum deles dois dançou no
Templo do Senhor. A Casa de Deus merece respeito e é lugar de adoração e
não de dançarinos;
É carregada uma tocha, pelo meio do Templo, a
fim de que todos a toquem, e possam, assim, ser abençoados. Parece até
uma brincadeira!. Nada há de espiritual nesse gesto, nem amparo bíblico;
meninice, apenas;
Unção com óleo para todos serem ungidos e
receberem a benção de Deus, podendo até levar para ungir suas casas. Mas
que aberração! Haja vista o que está contido no Novo Testamento, que o
óleo serve apenas para ungir os doentes (Mc 6.3 e Tg 5.14). Mas eles
utilizam o óleo até para impedir que navio não navegue por caminhos já
traçados, como aconteceu por ocasião das comemorações dos quinhentos
anos de descobrimento do Brasil. Pois aconteceu, sim senhor.
Simplesmente os adeptos do G-12 foram para o alto mar, em Salvador, e
derramaram várias latas de ‘óleo ungido’, a fim de que o navio que o
governo brasileiro havia construído, para fazer o percurso da capital
baiana até Porto Seguro, não chegasse ao seu destino. Sabemos que
realmente a embarcação ‘quebrou’ duas vezes, não tendo feito a viagem
programada, mas temos a informação – e a imprensa divulgou para todo o
país – que o fracasso deveu-se a falhas ocorridas na construção do
barco, imperícia técnica de seus construtores. Não foi, portanto, o ato
praticado por eles que a embarcação não chegou ao seu destino.
Oração
do cai-cai, ocasião em que oram pelas pessoas e estas caem por terra.
No Novo Testamento não tem fatos desta espécie. Há casos em que as
pessoas caíram ao ouvirem a voz de Deus. Os primeiros foram os oficiais e
fariseus que procuravam Jesus para o prender (Jo. 18.3-6) e quando
Paulo viu o resplendor de Cristo (At. 9.3-4). Há o caso dos discípulos
Pedro, Tiago e João, quando da transfiguração de Jesus Cristo. Ao
ouvirem a voz de Deus, em que reafirmou ser Cristo o Seu filho, Eles
caíram sobre seus rostos em terra (Mt. 17:5-7). Em Ap.1.13, 16-17 João
caiu, porém estava em espírito quando de seu arrebatamento ao céu, ou
seja, caiu em espírito e não em corpo físico. Os casos citados no Velho
Testamento (Dn.10.5-6 e Ez. 1.28, 3.23 e 43.3) referem-se a profetas
diante de seres celestiais e não de pobres mortais. Curioso é que em
todos estes casos, os personagens caíram com o rosto em terra, para
frente, portanto, enquanto que os do G-12 e seguidores de Benny Hinn
sempre caem para trás, o que é muito estranho (É bíblico? Não
encontramos respaldo nas Escrituras Sagradas). Ponderamos também que
eles caem e, ao levantarem-se, continuam do mesmo jeito que caíram, nada
se lhes acrescentou espiritualmente falando. No máximo ficam em estado
de êxtase e nada mais;
Baseados em Atos 18.18, os homens das
Igrejas do G-12 estão rapando suas cabeças (e deixando a barba crescer),
em forma de voto, a exemplo do que o Apóstolo Paulo fez. Eles querem
tornar-se nazireus, porém devem entender que no nazireado os homens
primeiro deixavam os cabelos crescerem e, após o término do voto, é que
rapavam suas cabeças, conforme podemos observar o que está contido no
capítulo 6 do livro de Números. Porém, esquecem que os próprios
Apóstolos ensinaram que nós, os gentios, que cremos, não devemos
observar tal prática. Dizem que adotam essa prática como forma de
sacrifício. Mas será que o sacrifício feito por Cristo não nos foi
suficiente? Que Deus tenha Misericórdia! Os gedozistas desconhecem o que
está contido em Atos 21.21-25, principalmente o que está escrito no
último versículo, que assim diz: "todavia, quanto aos que crêem dos
gentios, já nós havemos escrito e achado por bem que nada disto observem
[rapar a cabeça]; mas que só se guardem do que é sacrificado aos
ídolos, e do sangue, e do sufocado e da prostituição" (edição João
Ferreira de Almeida, revista e corrigida e Antigua Versión de Casiodoro
de Reina, de 1569, revisada por Cipriano de Valera em 1602 e outras
revisiones, em 1862, 1909 e 1960, além de outras edições por nós
consultadas). É de bom alvitre que se diga também, que até as mulheres
desse movimento estão rapando suas cabeças. Uma delas afirmou-me que tal
prática é para passar para Deus a ‘sua glória’ (a glória dela), como
forma de voto, objetivando obter a ‘redenção’ do Senhor para a sua
família. Mas indagamos: que glória o homem ou a mulher tem para dar a
Deus?! Quem somos nós? Pó e cinza e nada mais. Ainda que fizéssemos tudo
o que Cristo quer que façamos, ainda assim seríamos considerados como
servos inúteis. Diz-nos a Bíblia que nossa justiça é considerada como
‘trapo’ diante de Deus. É Ele, Deus, que tem glória para nos oferecer e
não nós, pobres mortais! Ademais, nos afirma a sua Palavra que é
desonroso para a mulher cortar o seu cabelo (quanto mais rapar!) – I Co
11.15- e como é que Deus iria se agradar duma glória (glória?) dessa?!.
Digamos como o Apóstolo Paulo: nós não temos tal costume, nem as Igrejas
de Deus (I Co 11.16). Se fôssemos considerar como sendo um sacrifício,
segundo eles afirmam, o nosso irmão Davi assim se expressou: ‘porque te
não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria. Os sacrifícios para
Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não
desprezarás, ó Deus!’ (Sl 51.16-17). O sacrifício que Deus requer de
nós todos são: a) louvor, a prática do bem e a mútua cooperação (Hb
13.15-16); b) o culto racional que prestamos a Ele (Rm 12.1); c) o que
se dá a quem precisa (Fl 4.18) e os sacrifícios espirituais (não
materiais, não físicos – estes Deus não quer mais!) agradáveis através
de Jesus Cristo (I Pe 2.5).É para ‘redenção’ de alguém? Perguntamos: a
redenção de Cristo não foi suficiente, não? Simplesmente é um absurdo o
que estão fazendo!
CONCLUSÃO
Afirmamos que a
Igreja em Células, (repetimos, não é com Células), baseada na "Visão" do
Grupo dos Doze (G-12), abre mão de todos os princípios regimentais de
sustentação da Igreja como organização, eliminando pontos de doutrinas e
princípios de liturgia e sistema de governo eclesiástico.
Dizem
que somente eles é que são detentores da ‘unção’ de Deus, do Espírito de
Deus. Chamam-na de "nova unção". Será que dá para entender? Não
encontrei na Bíblia nada que denotasse essa afirmativa. Até porque a
unção de Deus não envelhece, não fica velha. Por que então nova unção?
Sabemos
que as aberrações, as contradições e as discrepâncias que vêm
proliferando no contexto cristão hodierno têm se constituído afronta
àqueles que lutam e se esforçam pelo cumprimento da verdade e da
coerência (Rm 15.4 e II Tm 3.16-17).
É certo que não devemos ser
juízes de ninguém, mas, por outro lado, não devemos ser tolos e
facilmente enganados. A Visão de Deus para o mundo é Cristo e não a de
Castellanos!
O aspecto mais perigoso da falsa doutrina é que se
apresenta como verdadeira. Aparece como uma medida corretiva,
pretendendo restabelecer a verdadeira doutrina, É propagada por aqueles
que têm convicção de ter recebido uma nova revelação ou uma
interpretação melhor da verdade já estabelecida. Em quaisquer dos casos,
tais pessoas convencem-se de estar certas e de que todas as outras
estão totalmente erradas. Dizem que somente ‘agora’, a partir do dia em
que abraçaram a "visão" é que encontraram a verdade, em que pese muitos
deles já se dizerem crentes há cinco, dez, vinte anos ou mais.
Desconhecem todo o seu passado como cristãos (entendemos que não o eram
uma vez que somente ‘agora’ é que dizem ter encontrado a verdade,
estarem na verdade). Soubemos na Venezuela, onde estivemos no final do
ano de 2000, que os templos da Missão Carismática Internacional, do
pastor César Castellanos, são comuns à Igreja Católica da Colômbia, ou
seja, os locais que são utilizados pela igreja daquele pastor, também
são usados pelos padres daquele país. Assim, num determinado dia pode
haver uma celebração do G-12 e num outro uma missa da igreja católica.
Puro ecumenismo, portanto.
Essa foi TREMENDA: Silas Malafaia, René Terra Nova e Valnice Milhomens
Recebi
a informação que durante o Congresso Passando o Manto com líderes da
Visão celular como; Apóstolo René Terra Nova , Apóstola Valnice
Milhomens e Profeta Dr. Morris Cerullo e Rev. Dr. Mike Murdock, entre
outros, o pastor Silas Malafaia pediu PERDÃO a Apóstola Valnice. O
perdão seria pelas ofensas, agressões verbais e calúnias que liberou
durantes muitos anos por causa da Visão do G12. Após essa atitude, a
multidão liberou brados extravagantes e muitas lágrimas diante dessa tão
“maravilhosa” atitude. Sem esquecer que no mesmo dia, Silas abraçou
reconciliando-se com os ministros do Ministério Trazendo a Arca
(ex-Toque no Altar), a quem havia exortado como rebeldes em uma de suas
pregações.
Hoje Silas está envolvido com líderes da "Visão do
G12" - visão que ele chamou de coisa do diabo - e com o líder primaz
desse movimento no Brasil, René Terra Nova. Veja o que diz um site do
movimento G12 sobre essa questão: “... sem esquecer-se do perdão que ele
pediu ao Apóstolo René em um encontro de pastores nos EUA” – Isso sim é
tremendo!!! Silas, como sempre, muda de idéias e de conceitos
facilmente como quem muda de roupa. Antes era contra a doutrina da
prosperidade e hoje vive elogiando o Profeta Morris Cerullo e o Rev.
Mike Murdock; vivia condenando a doutrina do G12 e hoje vive elogiando e
pegando carona nesses congressos celulares.
Diz uma fonte do G12
sobre Silas Malafaia e seu arrependimento: Nosso Apóstolo René Terra
Nova e o pastor ASSEMBLEIANO anti-g12 Silas Malafaia, que até um
tempinho atrás era nosso acusador principal, que nos condenava e
caluniava sabatinamente por coisas que nem nós mesmos conhecemos, agora
se deixa fotografar ao lado com nosso amado Apóstolo. O mesmo
participará de um congresso com o Apóstolo René em Brasília - DF em
julho deste ano. Que mudança para quem disse que nunca dividiria o mesmo
púlpito ou altar com gedozista. Incrível!Toda essa novidade só me faz
entender algo: René sempre foi um grande homem de Deus, um profeta
legítimo; O G12 nunca foi algo do diabo ou coisa assim, pois somente
algo vindo de Deus para sobreviver tantos ataques e continuar firme; e
que o pastor Silas é maleável demais, hoje diz algo, condena e amanhã
aplaude, aprova e respeita, e quem sabe mais tarde um pouco, seguirá.
(http://diariodeumprofeta.blogspot.com).
Conclusão:
O que
percebemos é que o Pr. Silas Malafaia se perdeu nessa questão e
pendeu-se para o lado de movimentos e pessoas heréticas. Lamentamos,
pois tínhamos nele uma pessoa salutar ao evangelho, mas hoje fica
difícil de sustentar esse mesmo sentimento. Por isso, oremos pelo
evangelho no Brasil!
Fonte de pesquisas:
http://www.cpr.org.br/ds48-10.htm
http://diariodeumprofeta.blogspot.com
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