quinta-feira, 1 de setembro de 2011

G12 - BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO ?

Uma das características de grande parte da Igreja Evangélica Brasileira é a sua avidez por novidades. Vários segmentos evangélicos não se contentam mais com a antiga doutrina pregada pelos apóstolos e pais da Igreja — mais tarde defendida pelos Reformadores — e vivem numa busca constante de novidades e modismos doutrinários.

Nos últimos anos, vimos vários ensinos e práticas controvertidos invadirem os púlpitos e infestarem a mídia evangélica, tais como: quebra de "maldições hereditárias", "cura interior", "confissão positiva", "espíritos territoriais", "mapeamento espiritual", cultos de "libertação", "galacionismo" (a tentativa de levar a Igreja à práticas e ensinos do Velho Testamento, como a guarda do Sábado e das festas de Israel), dentre muitos outros.

Uma das últimas novidades a invadir o arraial evangélico brasileiro chegou da Colômbia. Denominado G 12 (Grupo 12), esse é um movimento que propõe o crescimento das igrejas através de células, com reuniões nas casas. O principal protagonista do G 12 é César Castellanos Domínguez, líder da Missão Carismática Internacional, com sede em Bogotá.

Entre 1989 e 1990, sua esposa Cláudia (com quem se casou em 1976) envolveu-se com a política, sendo candidata à presidência daquele país, ficando em quinto lugar no número de votos. Mais tarde, ela conseguiu eleger-se senadora. O casal tem quatro filhas: Joana, Lorena, Manuela e Sara Ximena.

Castellanos conta que depois de sua experiência com Cristo e de trabalhar como evangelista nas ruas de Bogotá, teve a oportunidade de pastorear pequenas igrejas, durante nove anos de ministério. A última delas só tinha 30 membros quando ali chegou, alcançando dentro de um ano, o número de 120 membros. Insatisfeito com os resultados conseguidos nessa igreja, ele renunciou ao pastorado.

Em fevereiro de 1983, enquanto passava férias numa praia colombiana, diz ter tido uma experiência com Deus, que o chamava para pastorear. No mês seguinte, iniciou na sala de sua casa a Missão Carismática Internacional, com apenas oito pessoas.

Traçou depois um alvo para atingir o número de 200 membros. O líder colombiano confessa que foi grandemente influenciado por David (Paul) Yonggi Cho, da Coréia, que já vinha adotando por várias décadas o sistema de crescimento de igreja em células (também chamado de grupos familiares).

Atualmente são muitos milhares que formam a família da igreja na Colômbia. Para o final de 1997, a meta de Castellanos era ter 30 mil células e 100 mil grupos. No ano 2000, seu alvo é ter um milhão de membros. Já pensou?

Já existem no Brasil várias pessoas e ministérios que abraçaram a visão de César Castellanos. Os que mais se destacam são Valnice Milhomens, muito conhecida pelos seus programas de TV, e Renê Terra Nova, líder da Primeira Igreja Batista da Restauração, em Manaus. A exemplo de Valnice, Renê já pertenceu também à Convenção Batista Brasileira. Valnice explica sua ligação com a Colômbia:

Tendo a convicção de que o modelo de Bogotá era a base para o modelo que Deus tem para nós, temos retornado às convenções para beber da fonte. Cremos que Deus deu ao Pr. César Castellanos o modelo dos doze que há de revolucionar a igreja do próximo milênio, pelo que o abraçamos inteiramente, colocando-nos sob sua cobertura espiritual dentro dessa visão revolucionária, fundada na Palavra de Deus. Tendo sido ungida como um de seus doze internacionais, estamos, como igreja, comprometidos em viver essa visão.1

POR QUE G 12?

César Castellanos explica porquê:

Pedi a direção do Senhor, e Ele prometeu dar-me a capacidade de preparar a liderança em menos tempo. Pouco depois abriu um véu em minha mente, dando-me entendimento em algumas áreas das Escrituras, e perguntou-me: 'Quantas pessoas Jesus treinou?' Começou desta maneira a mostrar-me o revolucionário modelo da multiplicação através dos doze. Jesus não escolheu onze nem treze, mas sim doze.2

Outros exemplos bíblicos são citados, como as 12 pedras no peitoral do sacerdote (Êx 28.29); também com 12 pessoas Jesus alimentou as multidões. Para reforçar o argumento de Castellanos, Valnice acrescenta:

Podemos notar que o número doze, nas Escrituras, é o número de autoridade e governo... O dia tem 24 horas, que são dois tempos de doze. Cada ano tem doze meses. O relógio não pode ser de 11 ou de 13 horas. Deve ser de doze horas, para que possamos administrar o tempo. Não foi um capricho de Jesus escolher doze homens. Ele sabia que estava ali a plenitude do ministério. Os fundamentos requeriam doze apóstolos.3

Penso que não há necessidade de se criar uma aura mística ao redor do número doze, pois há outros números na Bíblia que também despertam a atenção. Pense, por exemplo, no número três. Três é o número da Trindade. Três foram os presentes que os magos do Oriente ofertaram a Jesus. Três foram os principais patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó. Três foi o número dos discípulos mais íntimos de Jesus: Pedro, Tiago e João.

O número sete também é bastante sugestivo. Em sete dias Deus fez o mundo. Durante sete dias, o povo de Israel marchou em volta da cidade de Jericó, até conquistá-la. Instruído por Eliseu, Naamã mergulhou sete vezes no rio Jordão para ser curado de lepra. Sete foi o número dos diáconos escolhidos pelos apóstolos (Atos 6.5). Sete foram também as igrejas do Apocalipse. Agora, pense no número 40. Por 40 o povo de Israel peregrinou no deserto. Moisés esteve no monte durante 40 dias, jejuando e orando na presença de Deus. Jesus jejuou 40 dias no deserto, por ocasião de sua tentação.

COMO FUNCIONA O G 12

A igreja se divide em pequenos grupos denominados células. As pessoas são evangelizadas através das células, das reuniões na igreja ou de eventos evangelísticos. Depois de evangelizadas, começa o processo de consolidação. O novo adepto responderá um questionário chamado mapeamento espiritual, com uma grande variedade de perguntas sobre o passado da pessoa e de seus familiares. Algumas perguntas são bastante constrangedoras. Tal questionário vai dar ao líder da célula ou ao discipulador uma visão da jornada espiritual do novo discípulo. Em seguida, ele será levado a participar da célula, passando a construir novos relacionamentos.

Após esse processo inicial, a pessoa é estimulada (e muito) a passar pelos seguintes estágios:

1. Pré Encontro: Constituído de quatro palestras preparatórias para o encontro de três dias. Nessa fase, o discípulo recebe orientações sobre a Igreja, o senhorio de Cristo, mordomia e batismo.

2. Encontro: Um retiro espiritual de três dias, onde a pessoa receberá ministração nas áreas de arrependimento, perdão, quebra de maldições, libertação, cura interior, batismo no Espírito Santo e a visão da igreja. Cerca de 100 pessoas (jovens, mulheres, homens e crianças) são separadas um ou dois meses após a sua entrega na igreja e são levadas a um lugar distante do contexto familiar para serem ministradas. Para César Castellanos, o encontro equivale a todo um ano de assistência fiel à igreja.4

3. Pós Encontro: Quatro palestras para consolidação das vitórias alcançadas no Encontro.

4. Escola de Líderes: Formação em três estágios de três meses cada, para se tornar líder de célula e de grupo de doze.

5. Envio: Quando alguém começa uma célula de evangelismo a partir de três pessoas, tornando-se líder de célula. Depois de sua célula consolidada, ele começa a formação do seu grupo de doze para discipulado, tornando-se líder de doze. Consolidado seu grupo de 12, ele estimula a cada um a formar seu grupo de doze. Surge então o líder de 144, e assim por diante.


PRÁTICAS QUE PREOCUPAM

Não há nada de errado em dividir a igreja em células ou grupos familiares para reuniões nos lares ou outros locais. Muitas igrejas ao redor do mundo têm feito isso e até com bons resultados.

Dependendo da região ou da cultura onde se aplica o processo, pode ser uma boa idéia ou não. Creio que um dos fatores que muito contribuiu para o crescimento da Assembléia de Deus no Brasil foi o culto doméstico. Lembro-me de que quando me converti na Assembléia de Deus de São José dos Campos, SP, em 1971, o culto doméstico era uma parte importante da programação da igreja. Eu mesmo participei intensamente de tais programações. As reuniões nos lares eram usadas para a evangelização dos perdidos e para a edificação dos crentes. Não havia aberrações doutrinárias.

Um dos problemas em relação ao G 12 é a inserção de práticas, conceitos e ensinos nada bíblicos, tais como quebra de maldições hereditárias, cura interior, mapeamento espiritual, escrever os pecados em pedaços de papel e queimá-los na fogueira, revelações extra bíblicas e outros. No meu livro Evangélicos em Crise (Editora Mundo Cristão), tratei, de forma abrangente, de algumas dessas aberrações.

Outra coisa intrigante é a proibição taxativa de se relatar o que se passa nos encontros. Conversei com várias pessoas que participaram e elas me falaram que a única coisa que poderiam dizer do encontro é: "o encontro é tremendo". Observe uma das normas do Encontro: "Não se pode mencionar muitas coisas sobre o Encontro, porque o mesmo trás consigo muitas surpresas e todos os seus participantes comprometem-se a não revelar absolutamente nada do que receberam lá".5

Acho isso realmente muito estranho. Ora, quando alguém recebe bênçãos de Deus, quando Deus faz uma grande obra numa pessoa ou no meio de um povo, o mais natural e bíblico é dar testemunho, é contar o que Deus fez. Tal proibição não tem base bíblica. Ao contrário. Observe a declaração de Jesus diante do sumo sacerdote: "Respondeu-lhe Jesus: Eu falei abertamente ao mundo; sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada disse em segredo" (João 18.20).

Paulo escreveu a Timóteo: "E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros" (2 Timóteo 2.2). Portanto, não há por que ficar escondendo informações dos demais. Isso mais parece "maçonaria evangélica".

O G 12 assume também uma postura exclusivista. Ele é apresentado como a única tábua de salvação para a igreja, o último movimento de Deus na terra, a única solução para a salvação das almas. É apresentado ainda como a restauração da Igreja segundo o seu modelo original no livro de Atos dos Apóstolos. David Kornfield, da Sepal, declarou:

Notamos que Deus está produzindo um novo mover do Seu Espírito no seio da Igreja brasileira, à medida que nos aproximamos de um novo milênio. Esse mover do Espírito é tão grande que algumas pessoas o entendem como uma Segunda Reforma. A primeira reforma, deflagrada por Martinho Lutero, tinha a ver com a justificação pela fé e com a salvação individual. A Segunda Reforma celebra e desenvolve a alegria de sermos salvos a nível coletivo; salvos para, reciprocamente, vivenciarmos a alegria da vida em Cristo.6

César Castellanos confirma tal exclusivismo ao declarar:

A frutificação neste milênio será tão incalculável, que a colheita só poderá ser alcançada por aquelas igrejas que tenham entrado na visão celular. Não há alternativa: a igreja celular é a igreja do século XXI.7

Nem certos movimentos e líderes de Deus no passado escapam dos ataques do G 12. Valnice Milhomens denomina a Igreja da época do imperador romano, Constantino, de "igreja política", dizendo que Constantino relegou oficialmente o vinho novo aos odres velhos das catedrais. Sobre a Igreja Reformada, ela diz que Lutero reformou o vinho (teologia), mas o derramou novamente nos odres velhos.

Para ela, o movimento de avivamento procurou reavivar o vinho dentro dos odres velhos. Os pentecostais e os carismáticos derramaram o vinho do Espírito Santo dentro dos odres velhos. Quanto a Igreja em Células, sua opinião é de que Deus está recriando modelos de comunidade de odres novos que preservem o vinho novo em odres novos.8

Não é a primeira vez que um surge um grupo ou movimento religioso dizendo ser a única e última solução de Deus para o mundo. Não vou mencionar aqui as diversas seitas que já fizeram isso. Mesmo dentro do mundo evangélico, já surgiram vários grupos agindo da mesma forma. Lembro-me de quando morei nos Estados Unidos, estava em voga o Shepherding Movement (Movimento do Pastoreio), que ensinava um forma de discipulado onde cada novo membro no grupo tinha um líder espiritual, um discipulador, a quem prestava contas de tudo em sua vida.

As críticas contra as igrejas eram bem hostis e o movimento também se considerava a última solução de Deus para o mundo. Mais tarde, muitos de seus líderes reconheceram que estavam errados e pediram perdão, publicamente, pelos danos provocados a muita gente.

Lembro-me de que aqui no Brasil, na década de 80, surgiu um movimento promovido por várias comunidades denominado Novo Nascimento. Sua ênfase era de que a pessoa, uma vez convertida, não pecaria mais. E de novo, os testemunhos apresentados nesses movimentos eram muito parecidos com os de hoje do G 12: "Eu fui membro (ou pastor) de tal igreja, por tantos anos e não era salvo. Só depois que fiz o G 12 (ou os Encontros) é que recebi a vida eterna". Ora, isso é negar um trabalho da graça já realizado anteriormente na vida da pessoa.

VENTOS DE DOUTRINA

O G 12 tem sido grandemente influenciado por vários líderes da Confissão Positiva (Teologia da Prosperidade) – entre eles, Kenneth Hagin. Um dos exemplos é o emprego do termo rhema. Na língua grega, há dois termos para o vocábulo "palavra": logos e rhema. Como os pregadores da Confissão Positiva, vários líderes do G 12 (entre os quais César Castellanos e Valnice Milhomens) fazem um alarde sobre uma suposta diferença entre esses dois termos. Rhema, dizem eles, é a palavra que os crentes usam para decretar ou declarar. É o "abracadabra". Já logos, é a palavra de revelação, mística, direta, que Deus fala aos iniciados. O termo pode referir-se também à Bíblia.

Há alguns anos, conversei com Dr. Russell Shedd sobre esse assunto e ele me disse que o apóstolo Pedro não fez distinção entre esses dois termos quando escreveu 1 Pedro 1.23-25. Por favor, veja a seguir:

v. 23: pois fostes regenerados. Não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra (logos) de Deus, a qual vive e é permanente.

v. 24: Pois toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva: seca-se a erva, e cai a sua flor;

v. 25: a palavra (rhema) do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra (rhema) que vos foi evangelizada.

O G 12 deixa muito a desejar no que se refere ao discernimento doutrinário, pois tem sido grandemente influenciado pelos ensinos anômalos de Peter Wagner e de outros na área de batalha espiritual. Peter Wagner é professor da Escola de Missões do Seminário Fuller na Califórnia, Estados Unidos. Entretanto, seus escritos sobre guerra espiritual, como também os de Rebeca Brown, são inaceitáveis à luz da Bíblia.

O G 12 não será o último vento de doutrina a invadir o arraial evangélico. Seus líderes atuais já abraçaram outros modismos no passado, e certamente abraçarão outros que virão. Por esta razão, deixamos aqui um alerta ao povo de Deus: Todo líder, igreja ou ministério que se abre para um vento de doutrina, um modismo doutrinário, ou uma aberração teológica, estará sempre aberto para a próxima onda, quando aquela já arrefeceu. Que Deus nos ajude a permanecermos constantes, firmes na Rocha!
O que está por trás do Grupo dos Doze?
Preliminarmente, queremos tecer algumas considerações a respeito do tão propalado e comentado Grupo dos Doze (G-12), a fim de que o leitor fique inteirado sobre a origem desse movimento. Na qualidade de cristão sincero, não poderia deixar de abordar esse tema (I Co. 11.19). Também sabemos que é dever de todo cristão batalhar pela fé que uma vez nos foi dada (Judas 3). É dever nosso, seja homem ou mulher salva por Jesus Cristo, procurar mostrar a nossos irmãos, que têm uma fé pura e baseada na Palavra de Deus, os ensinos e práticas antibíblicos que têm surgido em nosso meio, sobretudo no que diz respeito às heresias proferidas pelos adeptos do G-12, a partir de seu criador, o visionário e sonhador pastor colombiano César Castellanos Dominguez, que vem. difundindo suas falsas visões pelo mundo todo.

Não é pretensão nossa descer a detalhes, nem dizer com a profundidade que o caso requer – até porque já temos livros na praça sobre o assunto - mas tão somente informar de maneira concisa o que é o movimento e em que pilares se fundamenta o Modelo dos Doze.

Após a edição de nosso primeiro trabalho, em junho/2000, continuamos pesquisando bem como nos atualizando com relação ao assunto e, por isso, resolvemos reestruturá-lo e apresentá-lo aqui totalmente revisto e atualizado. Minha preocupação não é com o crescimento numérico desse movimento – até porque tem crescido às custas de crentes incautos de outras denominações, que têm sido assediados por seus adeptos - mas com os desvios teológicos que têm contaminado de forma decisiva diversos irmãos que se dizem ser cristãos.
Em mais de trinta e quatro anos de fé cristã, salvo pela graça e misericórdia de Deus, nunca vi tanta confusão doutrinária no meio do povo de Deus em nosso país, como tenho visto nesses últimos anos. O Brasil é um país místico, obcecado pelo sobrenatural. Certamente esta é uma das razões por que seitas como Testemunhas de Jeová, mormonismo, espiritismo e Nova Era têm proliferado tanto aqui. E justamente agora, quando os cristãos deveriam unir-se para enfrentar a fase mais difícil da Igreja, diante da iminente volta de Cristo e a conseqüente revolta de satanás, surge um movimento desse, dizendo-se ser cristão, mas que está mais para o judaísmo, espiritismo, etc., do que para o cristianismo. Muitas pessoas, por não terem alicerce bíblico, embasamento das doutrinas do Evangelho, portanto, têm sido enganadas, tendo passado a viver em escravidão espiritual. Tendo aparência de cristão e não sendo como afirmam. Pois têm relegado o sacrifício vicário de Cristo e adotado práticas totalmente em desacordo com o que a Bíblia ensina. Julgam-se salvas por métodos e rituais criados por homens e desprezam ou não dão valor à graça divina. Têm renegado a graça de Cristo, adotando rituais da lei, que nada têm a ver com a dispensação (graça) em que vivemos.

Por se tratar de um movimento herético, queremos apontar algumas referências bíblicas, que alertam a Igreja do Deus Altíssimo sobre o que ocorrerá antes da volta de Cristo, para arrebatar a Sua noiva, que O aguarda com grande expectativa:

Surgirão ventos de doutrinas (Ef. 4.14, Hb. 13.9, 2 Tm. 4.3-4);
Surgirão falsos cristos e falsos profetas (Mt. 24.24);
Devemos ter cuidado com os falsos profetas (Mt. 7.15);
Haverá apostasia (2 Ts. 2.3);
Alguns apostatarão da fé (I Tm. 4.1-2);
Não devemos mudar nosso entendimento (2 Ts. 2.2);
Devemos ficar firmes e guardar as tradições (2 Ts. 2.15);
Devemos permanecer naquilo que aprendemos (2 Tm. 3.14);
Devemos reter a Palavra, que é igual à doutrina (Tt 1.9);
Quem não permanecer na doutrina não é de Deus (2 Jo 9).

Ao ler os assuntos que colocamos em tela neste trabalho, lembre o leitor que não estamos julgando, de forma nenhuma, a subjetividade de qualquer um e nem tampouco a legitimidade da fé de quem quer que seja, mas por desencargo de consciência, sentimo-nos impelidos a invocar a razão dos fatos.

Perdoe-me o leitor por se sentir constrangido ao tratar deste assunto, mas não podemos confundir o bem com o mal, o certo com o errado, mesmo que haja algumas vezes aparente semelhança. Até porque nós devemos lutar pela fé que nos foi dada (Judas 3).
COMO TUDO COMEÇOU
O G-12 foi criado pelo Pastor Colombiano César Castellanos Dominguez, baseado em uma "Visão" que Deus lhe teria dado. Isso ocorreu depois que ele conheceu a Igreja liderada pelo Pastor David Yongg Cho, em Seul, na Coréia do Sul, cujo trabalho é feito através de Igrejas com células (não é "em" e, sim, "com" células), a exemplo dos Grupos Familiares, de Discipulados, existentes aqui no Brasil.

Acontece, porém, que o Pastor César, conforme relata em seu livro "Sonha e Ganharás o Mundo", teve essa "Visão" e transformou a sua Igreja em Grupos de Doze, sendo ele próprio responsável por doze líderes, estes por outros doze, cada um, e assim sucessivamente, numa progressão geométrica. Nesse sistema o Pastor é, apenas e tão somente, um supervisor de líderes (comentaremos melhor sobre o caso adiante) e não de um rebanho, de uma igreja, portanto.





COMO ENTROU NO BRASIL
No Brasil o movimento baseado nesse princípio está com o Pastor Renê Terra Nova (Ministério Internacional da Restauração), ex-Pastor da Igreja Batista (Manaus-AM); com a Pastora Valnice Milhomens (Igreja Nacional do Senhor Jesus), ex-membro, também, da Igreja Batista (São Paulo-SP); e com o Pastor Robson Rodovalho (Comunidade Sara Nossa Terra), de Brasília-DF. Recentemente também aderiu a esse movimento a Igreja Quadrangular, além de outros líderes de somenos importância.

Segundo o Pastor César Castellanos, na "visão" Deus lhe teria dito: "Sonha, sonha com uma grande Igreja, porque os sonhos são a linguagem do meu espírito. A Igreja que hás de pastorear será tão numerosa quanto as estrelas do céu e a areia do mar, que de multidão não se poderá contar". Nessa mesma "visão"Deus teria lhe perguntado: que Igreja gostarias de pastorear? De acordo com suas experiências, observou que os que têm êxito são os que apreenderam a ter esperança, a "sonhar", a projetar-se (seu livro citado pág. 20, 21 e 34).

César Castellanos ensina que, pela utilização dos sonhos, todos nós podemos provocar transformações no mundo real, trazendo à realidade aquilo que incubamos em nossas mentes. Ao afirmar que o "mundo é dos sonhadores", ele coloca uma condição para que recebamos tudo de Deus: atrever-nos a sonhar. Esta afirmação contrasta com o que a Bíblia diz: "e esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve" (I Jo 5:14). Não existe absolutamente passagem alguma na Bíblia que se possa usar para endossar a afirmação de que os sonhos são a linguagem do Espírito de Deus. Há uma gritante diferença entre receber visões e sonhos de Deus e desenvolver os seus próprios.

Este evangelho pervertido, como afirmou o Pr. David Wilkerson, busca transformar homens em deuses. É-lhes dito: "seu destino está no poder da mente (...), transforme seus sonhos em realidade usando o poder da mente". Fique sabido de uma vez por todas que Deus não abdicará de Sua soberania em favor do poder de nossas mentes, seja ele positivo ou negativo. Devemos buscar a mente de Cristo, e Sua mente não é materialista; não se focaliza no sucesso ou na riqueza. A mente de Cristo se focaliza na glória de Deus e na obediência à Sua Palavra.

Foi assim que surgiu a "Visão" para implantar o Modelo dos Doze, o conhecido G-12, com Igrejas em Células de multiplicação, resultado de um visionário sonhador. Veja como ele se expressa: "Deus dá visões, revelações e ‘sonhos’ àqueles que se submetem integralmente à sua vontade" (SONHA e Ganharás o Mundo, pág. 33). Cremos, sim, nessa afirmativa, porém desde que tudo seja de conformidade com a Palavra de Deus e não de acordo com desejos e caprichos pessoais.

É, no mínimo, curioso o fato de o Pastor César Castellanos enfatizar tanto as suas "Visões" dadas por Deus (?) e que o levaram a criar esse movimento espiritual. Aliás, pelo que se sabe, todos os movimentos gnósticos e seitas e heresias até agora surgidos sempre foram com base em "Visões e Revelações", conforme afirmaram, dados por Deus. O que dizer de Joseph Smith (fundador da Igreja dos Mórmons), Ellen G. White (Mãe da Igreja Adventista), Kenneth Hagin (Teoria da Prosperidade), Peter Wagner (Guerra Espiritual), David Berg (Os meninos de Deus), Marilyn Hickey (Maldição Hereditária), Essek Willian Kenyon (Confissão Positiva) e outros mais.

Entendemos ser bastante ridículo e, até, antibíblico, dizer que "os sonhos são a linguagem do Espírito de Deus". O Espírito Santo não nos traz sonhos, traz-nos realidade e poder para proclamarmos o Evangelho de Cristo (At 1.8) e termos comunhão com Jesus Cristo (Jo 14.26). É o Espírito Santo quem nos convence do pecado (Jo 16.18), revela-nos a verdade a respeito de Cristo (Jo 14.16-17), realiza o novo nascimento (Jo 3.5-6) e faz-nos membros do corpo do Senhor Jesus (I Co 12.13).

Pelo que se vê, o Pastor César está envolvido numa redoma de vaidade, quer na multidão de seus sonhos, quer nas suas muitas palavras (Ec 5-7).

Porém Deus disse: "Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que são só profetas do engano do seu próprio coração (Jr 23.25-26)?". Não é demais relembrarmos que o último profeta desta era foi João Batista (Lc 16.16) e foi Cristo quem disse. E se foi Cristo, Ele tem autoridade! E como vem esse “profeta”de última hora?

Lendo o livro do Pastor César, na pág. 88, deparamo-nos com a afirmação de que Abraão, aos 99 anos, tinha muitas feridas não tratadas. Tal alegação não procede e falta com a verdade ao proclamar tamanha aberração, distorcendo os fatos bíblicos. O que a Bíblia nos revela é que Abraão foi obediente ao chamado do Senhor e era homem de muita fé em Deus. Foi-nos o exemplo (Gn 12.4 e Rm4.12).

Para o Pastor César, somente após participar do "Encontro", cujo assunto abordaremos mais adiante, é que o crente recebe a cura interior e é liberto de qualquer maldição que tenha imperado em sua vida, bem como experimenta o verdadeiro arrependimento e o novo nascimento. O "Encontro", afirma ele, é mais importante do que os batismos na água e no Espírito Santo e eqüivale a todo um ano de assistência fiel à Igreja (livro citado, pág. 91). Sobre a chamada cura interior e maldição também abordaremos adiante.

Ele afirma, ainda, que qualquer "rejeição" de uma pessoa que tenha ocorrido durante a gravidez, na infância ou na adolescência, é o tema de maior tratamento dispensado durante o "Encontro" e cortar todas as maldições que venham por descendência e compreender com exatidão quem é Deus é um dos temas principais. (pág. 92). Biblicamente não há respaldo para essas heresias do colombiano. Se o tivesse, José, filho de Jacó, teria que ter passado por um tratamento, promovido um "Encontro" para livrar-se de tudo que passou nas mãos de seus irmãos, bem como quando esteve preso no Egito. E o que dizer de Jó, que perdeu tudo o que possuía em um só dia, inclusive seus filhos? O Apóstolo Paulo também precisaria desse "Encontro", para quebrar as maldições, porque além de ter perseguido a Igreja de Cristo, também consentiu na morte de Estêvão. Portanto, não há sustentação bíblica para tais rituais.

É incrível o relato que o Pastor César faz na página 113, onde ele afirma que para libertar uma mulher possuída pelo espírito de lesbianismo, teve que orar por ela desde que se encontrava no ventre de sua mãe. Fez uma regressão em toda a vida passada, a partir da concepção. Isto baseado, segundo ele, em Efésios 1.4. Ora! Ficamos abismados com essa narrativa! E nos perguntamos: o que tem a ver a libertação da endemoniada com a passagem bíblica citada? Senão vejamos o que a Bíblia nos diz no versículo citado: "como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em caridade". Onde o Pastor César Castellanos aprendeu essa prática? Baseada na Bíblia, certamente, não! Não há um só versículo que nos dê margem para "regressão". Essa prática faz parte de sua visão pessoal, fundamentada em técnicas psicoterápicas e espíritas. A palavra de Deus nos mostra bem claro como o crente deve proceder nesses casos: Mateus 17.21 (oração e jejum) e Marcos 16.17 (em nome de Jesus). Esta, sim, é a maneira correta e bíblica de expulsarmos os demônios, e não fazendo levantamento da vida passada da pessoa endemoniada. Simplesmente ele distorce a Palavra de Deus.

E as aberrações não ficam só no que já comentamos. Para ele o "Pastor da Igreja é o Espírito Santo", enquanto que ele (o Pastor César) "é apenas o colaborador" (livro citado, pág.107-108). Mas que inversão de valores! A Bíblia Sagrada nos afirma que o Pastor é o "apascentador do rebanho de Deus" (At 20.28) e responsável pela "pregação e doutrina da Igreja" (II Tm 4.1-4), enquanto que o Espírito Santo é o que habita em todo crente salvo (Jo 14.16-17 e I Co3.16) e adverte a Igreja contra a apostasia (I Tm 4.1-2), além de outros atributos. Em lugar algum das sagradas escrituras encontramos Jesus, os apóstolos, ou o próprio Deus dizendo que quem pastoreia a Sua igreja seja o Espírito Santo. São homens, sim, escolhidos por Ele (Deus) para tomar conta do rebanho dEle, apascentar os salvos por seu Filho Jesus (Ef 4.11-12). Esse pastor gosta de inverter as coisas. E como gosta!

Diz ainda o Pastor César que o que "ele mais tem estudado na Bíblia" é a vida de Jesus Cristo (livro citado, pág. 103-104). Não nos parece verdadeira esta afirmativa. Onde ele encontrou no Novo Testamento Jesus ou seus apóstolos ensinando sobre maldição hereditária, quebra de maldição e regressões desde a vida intra-uterina? Onde ele encontrou Jesus ensinando que a pessoa que O recebesse como Senhor e Salvador fosse participar de um "Encontro", a fim de nascer de novo? Foram as "Visões" que lhe revelaram? Aliás, impossível acreditar.

Porém, os devaneios do Pr. César, que para ele foram palavras de Deus que lhe foram dirigidas, não ficaram no que já relatamos. Conta ele em seu livro retro mencionado, na pág. 83, que "ganhávamos e ganhávamos multidões de uma forma sem precedentes na Colômbia, mas muitos deles não ficavam na igreja. Em várias oportunidades encontrei-me com alguns dos convertidos em diferentes lugares, que me diziam: ‘Pastor, eu conheci o Senhor na missão, mas estou congregando em tal igreja’. Eu dizia: ‘Amém, glória a Deus, esta alma não se perdeu, está sendo edificada!’. No entanto, chegou o dia em que Deus chamou minha atenção, dizendo-me: ‘Estás errado: essa alma Eu a trouxe à tua igreja; se tivesse querido mandá-la a outra igreja tê-lo-ia feito. Enviei-a para ti para que cuides dela e espero que me respondas’." Para quem conhece Deus e a Sua Palavra, cremos que aqui não cabe qualquer comentário sobre o relato do pastor colombiano. Primeiro porque Deus não faz acepção de pessoas, nem de igreja, porque para Ele há uma só Igreja, nem tampouco igreja nenhuma pertence a esse ou àquele pastor. A Igreja é do Senhor Jesus Cristo e não uma exclusiva para o pastor César Castellanos.

Como afirmamos inicialmente, o movimento nasceu na Colômbia; no Brasil tem como um de seus braços fortes a Igreja Nacional, que é pastoreada por Valnice Milhomens. Esta escreveu o seu mais recente livro intitulado "Plano Estratégico para Redenção da Nação". Nele, ela descreveu com riqueza de detalhes o que é a "Igreja em Células" adotada por ela em nosso país, e como funciona o Modelo dos 12. Quer dizer que o plano para redenção do Brasil e do mundo não é de Deus, em Cristo, mas o do G-12?





PRINCÍPIOS BÁSICOS DO G-12
Abordaremos a seguir os princípios básicos adotados pelo movimento, que norteiam seus ensinos e práticas diárias de todos os seus adeptos. Julgamos, assim, estar contribuindo para esclarecer o leitor, principalmente o público evangélico, a respeito do movimento G-12.

Enfatizamos mais uma vez que a Igreja é em Células e não com Células (pág. 60 do livro supracitado). A diferença é que na "Igreja com células", estas estão intimamente ligadas à igreja, trabalhando para a Igreja e têm todo o apoio pastoral da Igreja, enquanto que na "Igreja em células", na forma adotada pelo G-12, estas são autônomas, independentes e funcionam como verdadeiras igrejas.

Nesse sistema de ‘Igrejas em Células’:

Os crentes cuidam uns dos outros (não há pastor, mas um líder) nas células;
A Igreja tem dois componentes básicos: a celebração e as células;
A Celebração é a reunião no Templo (observe o leitor que não é chamado de culto, mas celebração);
A Célula (em casas), porém, é a mais importante;
Na Célula são recolhidos os dízimos e as ofertas e celebram até a Santa Ceia;
Na Célula pode fazer o batismo em águas, desde que a pessoa não tenha condições físicas para ir ao Encontro, onde são batizados os seus membros;

Pelo que se vê, o trabalho nas casas, onde as células reúnem-se, está acima de todo e qualquer trabalho realizado no Templo. Ao contrário do que ocorre nas demais Igrejas, que possuem ‘grupos familiares’, de ‘discipulado’, etc (e não as conhecidas células do G-12), que desenvolvem trabalhos de aprendizado da Palavra de Deus, e que estão totalmente ligadas e dependentes de suas matrizes, sejam templos centrais ou congregações.

Na Igreja em Células, nesse modelo, seus membros participam da Igreja unindo-se às células. Nelas os crentes são responsáveis uns pelos outros. (pág. 63). A Bíblia nos ensina que quem vela (cuida) dos crentes é o anjo (pastor) da Igreja, e não essa cumplicidade pregada pelo G-12.

Segundo afirma a "Pastora" Valnice, "um Pastor não pode discipular mais do que doze pessoas. Se isso fosse possível, Jesus o teria feito". E continua: "Ele (o Pastor) não pode cuidar bem de uma Igreja com mais de cem membros". Por isso é que "o pastoreio e discipulado acontecem no contexto da célula" (pág. 63).Mas que absurdo! Trataremos do assunto mais adiante.

No modelo dos Doze, o descrente, após sua decisão para Cristo, vai para a célula (e não para a Igreja), onde permanece por dois meses até participar do "Encontro" (pág. 85). Assim, o novo convertido, após um ano de sua decisão, torna-se um Líder de Célula (Pastor?) e começa então a formar seu grupo de doze (pág. 86).

Após a decisão, o novo crente deve (pág. 87):

Fazer um mapeamento espiritual, onde lhe dá uma visão de sua jornada espiritual até então. Esse mapeamento está mais para o ‘mapa do zodíaco’, utilizado pelos espíritas e os astrólogos, do que para pessoas que se dizem cristãs;

Receber treinamento sobre novos relacionamentos, incluindo princípios básicos da vida cristã;

Integrar-se à célula como seu membro;

Fazer o pré-encontro, composto de quatro palestras semanais, para então poder habilitar-se a fazer o "Encontro";

Participar do "Encontro", que é um retiro espiritual de três dias, onde recebe ministração de arrependimento, perdão, quebra de maldições, libertação, cura interior, batismos no Espírito Santo e nas águas, bem como a "visão da Igreja";

Participar do "Pós-Encontro", que consiste em quatro palestras semanais, a fim de consolidar o que aprendeu no "Encontro".

Durante o "Encontro" (ou Desencontro?) todos ficam em absoluto silêncio, sem se comunicar com ninguém (apenas durante as refeições é que podem se comunicar, mas mesmo assim nada deve ser comentado sobre o que está ocorrendo). Trata-se de prática chamada de "nobre silêncio", que há muitos séculos (mais de 400 anos) antes de Cristo já era praticada por Buda. Hinos são cantados por repetidas vezes e sempre há uma música de fundo sem letra durante todos os trabalhos. Desta forma é feita uma verdadeira "lavagem cerebral" nas pessoas. São técnicas psicoterápicas, em que há até catarse. Um ato teatral é encenado, para que todos entendam o sofrimento na cruz, o quanto Cristo sofreu por nós. Há uma apelação muito forte para o emocional. Lidam com a emoção e o sentimento das pessoas.

Pelo que se vê, observa-se que o novo convertido é levado a seguir múltiplos rituais, alguns bons e até dignos de observações, porém outros sem qualquer fundamento bíblico, a exemplo do que é chamado de "pré-encontro" e de "Encontro". Cremos no que está escrito na Bíblia, que o pecador é perdoado, liberto de todo o seu passado mal e perverso, no momento em que aceita a Jesus Cristo com sinceridade, arrependendo-se e se convertendo ao Evangelho do Reino. Vejamos o que o Apóstolo Pedro nos disse em Atos 3.19: arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam "apagados os vossos pecados". Compare ainda Jo 3.16, Rm 8.1, Jo 1.12-13, Cl 2.13-14, Gl 3.13, Hb 8.12 e 10.17-18. Portanto, não vemos razão alguma para participar desse Encontro. Aliás, o Pastor César também comenta em seu livro (Pág. 91) que somente após o "Encontro" é que o crente recebe a cura interior e é libertado de qualquer maldição que tenha imperado em sua vida. O que equivale dizer que a Palavra de Deus, o Evangelho, o Sangue de Cristo, não foi suficiente para retirar do crente tudo o que havia contra ele, no dia em que aceitou o Senhor Jesus como Salvador?!

No Modelo dos Doze, todo crente recebe treinamento durante um ano para ser Líder (Pastor?) de Célula e de Doze (pág. 88), onde:

O treinando recebe o ensino para ser "sensível" ao Espírito Santo, bem como ensinar a outros através dos dons espirituais, ministrando cura e libertação;

Todos os líderes de células têm que formar seus Grupos de Doze e estes, também, devem ser treinados para se tornarem igualmente líderes de células.

Como se pode perceber, por esse modelo o Líder de Célula é um super crente, que tem todos os dons ministeriais e todos são aptos a pastorear. Ora, as Escrituras ensinam que Deus deu "uns" – não são todos, portanto – para Apóstolos, outros para Profetas, outros para Evangelistas e outros para Pastores e Doutores (Ef 4.11). E como é que vem um movimento desse fazendo de todos os seus adeptos pastores, vez que cada um deles deve liderar um grupo de doze, e que limitação é essa, visto que o grupo não pode ultrapassar doze pessoas? Não, não é isso o que ocorre com a Igreja de Cristo, senão vejamos o seu início: no pentecostes quase três mil pessoas se converteram (At 2.41). Posteriormente, quase cinco mil também abraçaram o Evangelho (At 4.4). Depois já não se podia contar os novos crentes, pois eram "multidões" que aceitavam a Cristo (At 5.14). Desta forma, os apóstolos eram “pastores”de incontáveis crentes e não de apenas um grupo ou grupos de doze pessoas!

Afirma a Pastora Valnice, na pág. 99 de seu livro, que o Senhor está fazendo uma "virada na unção ministerial". E continua: "a unção não vai estar somente em um homem, e sim, numa equipe. A visão dos doze é uma visão de romper esquemas". Relata, também na pág. 10: "É preciso romper as velhas estruturas…ficamos absolutamente convencidos de que a Igreja em Células ou nas casas, sem deixar as grandes celebrações de todo corpo no Templo, era caminho de volta, no que concerne à estrutura". Assim, esse movimento deixa de lado toda a estrutura eclesiástica da Igreja, como ela é atualmente em todas as denominações evangélicas, e passa a existir de forma desestruturada. É bom que se diga, inclusive, que até seminários são condenados por seu criador. É tanto que a Pr. César Castellanos, ao criar esse movimento, acabou com os que existiam em sua igreja, alegando ser desnecessário o preparo do Líder em uma escola convencional, mas que após um ano, apenas, de treinamento na “escola de líderes” seria suficiente para prepará-lo.

Pelo que se observa e compreende, o modelo é para todo o crente (Líder de Célula) ser um Pastor e nada de um só Pastor para o rebanho (Igreja). E o Pastor César Castellanos afirma textualmente em seu livro retro citado: "há necessidade de inovar de forma radical e contínua. Toda a visão implica em inovação. Estar disposto a romper com os moldes tradicionais, faz parte do risco" (pág. 48). Ainda: "a lista de mudanças é quase infinita... tudo porque decidimos por em prática o poder da inovação, romper os velhos moldes. Definitivamente devemos ser criativos, o mundo é daqueles que inovam." (pág. 52). Acrescenta ainda o Pastor César ao falar sobre o nome de sua Igreja (Missão Carismática Internacional): "...parecia-nos estratégico não colocar nenhum termo que associasse com o evangélico, para que não produzisse rejeição, ou apatia, e a estratégia funcionou" (pág. 51).

Diante das "inovações", "rompimento dos modelos tradicionais", "virada na unção ministerial" e assim por diante, na visão dos Doze, cada pessoa do grupo (Célula) tem a capacidade de pastorear doze crentes. Estes também têm a condição de pastorear outros doze.

Pelo que se vê, todos têm a unção (e a capacidade) e a chamada de Deus para ser Pastores, nessa visão. Essa filosofia vai de encontro ao que o Senhor Jesus Cristo ensinou sobre os diferentes talentos que são concedidos aos crentes. Nem todos têm a mesma capacidade, portanto. Compare Mateus 25.15, onde Cristo afirmou textualmente: ‘e a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade’. Deus deu "uns" – não são todos, portanto – para algumas funções ministeriais (Ef 4.11-12), visando ao aperfeiçoamento dos santos e à edificação do corpo de Cristo (Igreja), e não apenas para um grupo de "doze pessoas".

Vamos tratar sobre o "Encontro" (ou Desencontro?), que consiste num retiro de três dias e que, conforme a "Visão", assim como ocorreu com o Apóstolo Paulo (At 9.1-9) que passou três dias separado de seu contexto familiar e cultural, também todos precisam, após dois meses da entrega a Cristo, participar. Era preocupação do Pastor César Castellanos a retenção "dos frutos", permanência dos novos convertidos na Igreja, já que nem todos os que abraçavam o Evangelho permaneciam na Igreja. Daí por que julga que somente através desses Encontros é que podem continuar sendo crentes (Plano Estratégico para a Redenção da Nação, pág. 111, 118, 120 e 121).

Ao que nos parece, data venia, há um certo desconhecimento quanto ao assunto ventilado. Como sabemos, nem todos os que crêem na Palavra de Deus permanecem nela. Foi o próprio Jesus que nos afirmou através da parábola do semeador (Mt 13.1-9 e 19-23). No exemplo citado pelo Mestre, entendemos que apenas 25% (a semente que caiu em terra fértil) permanece e dá fruto. As demais sementes (três, ou seja, 75%) que caíram em solo pedregoso, entre os espinhos e à beira da estrada, não permaneceram, se desviaram, deixaram o evangelho (observe que todas creram na Palavra de Deus, porém não permaneceram!) Muitos são chamados, porém poucos são os escolhidos (Mt 22.14). E como é que vem esse”profeta”de última hora querendo fazer com que, os que participam de seus ‘encontros’ todos permaneçam na igreja?!. Portanto, essa premissa é falsa e não encontra amparo na Palavra de Deus. Os que defendem esse preceito que nos convençam do contrário!.

Dizer que Paulo foi separado por três dias para ficar longe de seus familiares e de sua cultura é desconhecer onde ele se encontrava. Todos sabemos que o Apóstolo estava a caminho de Damasco e, portanto, já estava separado do convívio familiar. O Encontro dele nada tem a ver com o "Encontro" patrocinado pelos da "Visão" da Colômbia. Esse raciocínio não procede. O encontro que Paulo teve com Deus foi aquele que todos nós experimentamos quando aceitamos a Cristo, quando nos arrependemos, nos convertemos e passamos a ter uma nova vida (Jo 5.24, Rm 10.8-11 e II Co 5.17).

Nos "Encontros" são abordados vários temas, várias ministrações. Dentre muitas outras, fazemos referências às seguintes:





OS ENSINAMENTOS DO G-12 E AS REFUTAÇÕES BÍBLICAS
Arrependimento: é explicado o "genuíno arrependimento", é quando o crente declara detalhadamente os seus pecados, chora, urra (o termo é esse mesmo), "sente dor" por ter ofendido a Deus (Pág. 118 do Plano Estratégico). Dizem que o verdadeiro arrependimento só se dá quando da participação do novo convertido ao Encontro.

Refutação – Quanta aberração existe! Quer dizer que o crente não foi perdoado por Deus no dia em que aceitou a Cristo? Jesus nos disse que quem ouve a Sua Palavra e crê naquEle (Deus) que O enviou tem a vida eterna (Jo 5.24). Assim, cremos que a salvação é instantânea, não há a necessidade de marcar um "Encontro" para termos que nos arrepender de novo. Se o genuíno arrependimento só se dá nesse "Encontro", conforme a "Visão" do G-12, como ficaria a situação da pessoa que morresse antes de participar desse "ritual"? Não, não cremos assim! O ladrão na cruz, o mordomo da Etiópia, Zaqueu, Cornélio, dentre muitos outros exemplos bíblicos, todos foram salvos na hora em que se encontraram com Cristo. Compare Cl 2.14, Hb 8.12 e 10.17-18, Tt 3.4-7, etc. Em Atos 2.38-43 vemos quase 3.000 pessoas sendo salvas por Cristo e o foram quando o Espírito Santo as convenceram através do pronunciamento do Apóstolo Pedro. Foi um arrependimento verdadeiro e sincero. Nada de ‘encontro’ nos moldes promovidos pelo Grupo dos Doze. O mesmo aconteceu comigo e com os crentes em geral, salvos pela graça de Deus. Fomos salvos no momento em que ouvimos a Palavra de Deus, nos convencemos de que éramos pecadores e por isso nos arrependemos e passamos a ser novas criaturas. Não precisamos participar de "Encontros"para nos tornarmos salvos, graças a Deus.



Quebra de Maldições: são ensinadas as causas das maldições e o Espírito Santo (?) mostra as maldições e como quebrá-las (Pág. 119). São ministradas as bases bíblicas (?) sobre maldição hereditária e analisados os pecados familiares; os crentes são levados ao arrependimento por identificação – em lugar de seus pais (Pág. 137). Para tanto precisam perdoar seus antepassados, ou seja, pais, avós, etc., a fim de que suas maldições sejam quebradas.

Refutação – Concentrados principalmente no Antigo Testamento, criam uma nova doutrina a partir destes textos – Êxodo 20.5 e 34.7; Deuteronômio 5.9 - desconhecendo completamente o significado bíblico de bênção e maldição. Confundem maldição com efeitos do pecado. É óbvio que uma criança que vive sob a influência diária de uma família corrompida, certamente terá grande probabilidade de tornar-se adulta com os mesmos vícios, erros e metida nas mesmas iniqüidades de seus pais, avós, tios, etc. Isso não é maldição. Isso são conseqüências do pecado. Confundem maldição com traumas pessoais. Pessoas que sofreram um grande choque emocional ou que se sentem envergonhadas por alguma deficiência, podem ser pessoas reprimidas e problemáticas. É um prato cheio para alguém dizer que tal pessoa está amaldiçoada quando, na realidade, o que a pessoa necessita é de gente que lhe valorize, que lhe transmita força moral e espiritual e não de "profetas" que lhe venham colocar um problema a mais em sua mente. Confundem maldição com questões genéticas. De problemas hereditários (que obviamente não são maldições) ou genéticos o mundo está repleto. Porém daí dizer que isto é maldição é um absurdo inqualificável. Quanta ignorância e prática antibíblica! Tudo quanto existia contra nós Cristo já pagou na cruz, desde o instante em que O aceitamos e nos convertemos a Ele (Hb7.25, 8.12; Cl 2.14; Jo 1.12-13). Tudo aquilo que era contra nós, Cristo já perdoou cravando na cruz a cédula (dívida) que nos era contrária (Cl 2.13-14). O filho não leva o pecado do pai, nem este o do filho (Ez 18.1-4, 19-22, 26-28 e 30-32 e Mq 7.18-19). E o que dizer de uma pessoa que não conheceu nem o pai nem a mãe (órfão). Como é que ficaria a sua situação? Já que não vai poder romper com as maldições de seus pais, à vista de não saber que tipos de maldições seus pais eram portadores. Ensinar que um cristão tem que romper com maldições ou pacto dos antepassados, pedindo perdão por eles é minimizar o poder de Deus quando de sua conversão. A Bíblia Sagrada nos diz que toda desobediência é amaldiçoada (Nm 23.7,8; Sl 109.17; Dt. 11.26-28; Gl 3.10) e que Jesus Cristo já nos abençoou (Ef 1.3) e que nenhuma condenação (maldição) há para os que estão em Cristo Jesus (Rm. 8.1). Não há maldição para os que são filhos da obediência (Lc 11.28; Tg. 1.25). Jesus se fez maldição por nós. O que dizer, então, dos filhos dos reis de Judá que tinham pais bons e eram maus, ou tinham pais maus e eram bons? Por fim, nos diz a Palavra de Deus (Pv 26.2) que maldição sem causa não virá. E ainda: a maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas a habitação do justo (salvo por Jesus Cristo) Ele abençoará (Pv 3.33) E a causa maior chama-se pecado. Enfim, os textos citados (Êx 20.5; 34.7 e Dt 5.9) referem-se àqueles que aborrecem a Deus, que se desviam de Deus e vão seguir a outros deuses. Em outras palavras, a maldição de que se trata é para os idólatras e não para quem tem Deus como o único Deus verdadeiro e o seu Filho Jesus Cristo como único e bastante Salvador. O gedozistas confundem ‘maldição’ com ‘obras da carne’, de que falou o apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas no capítulo 5 e versículos 19 a 21.



Libertação: ocasião em que todos escrevem num papel todo o seu passado, fazendo uma lista de seus pecados e, todos cantando e ‘dançando’ jogam no fogo esses papéis. Assim, sentem que foram totalmente libertados (pág. 119 e 137).

Refutação: trata-se de pura invencionice, criação humana, sem nenhuma eficácia. Não é isso o que nos ensina a Palavra de Deus. Pelo contrário, quando o pecador aceita a Cristo recebe instantaneamente o perdão de todos os seus pecados. Todo o seu passado ficou para trás (Jo 8.32 e 36, Rm 6.18, II Co 5.17, Fl 3.13 e Cl 2.13-14). Havendo conversão, havendo, portanto, salvação, há libertação total. Toda pessoa convertida e que está em Cristo foi liberta do império das trevas e transportada para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13-14). A conversão implica sair das trevas para a luz, e ser convertido do poder de satanás ao poder de Deus (At 26.18).



Cura interior: todos os encontristas são levados ao arrependimento, por aceitar feridas e abrigar a amargura, ressentimentos, mágoas, iras e maus ressentimentos em relação às pessoas. Para tanto é ministrada a ‘cura’, levando as pessoas a visualizarem mentalmente a sua formação "desde a concepção" até a ocasião do Encontro (regressão), lidando com a rejeição, traumas e pecados (pág. 138). É nesse momento em que todos os encontristas "precisam liberar perdão às pessoas envolvidas em cada fase (da infância à fase adulta), e até mesmo a Deus. Libera perdão a pai, mãe, irmãos, familiares e a Deus" (Manual do Encontro, pág. 100/101, Pr. Renê Terra Nova).

Refutação – Mas que absurdo, liberar perdão até a Deus? Parece inacreditável, mas é isto mesmo que está sendo ensinado: que devemos perdoar a Deus. Trata-se de uma aberração herética de tal gravidade que dispensa qualquer comentário bíblico. Simplesmente negam o absolutismo e a soberania de Deus, convertendo em dissolução a graça de nosso Deus (Jd 4). Nada contra a cura interior em si. Ela é importante e saudável. Porém temos restrições quanto ao método empregado pelos gedozistas. É inaceitável a catarse utilizada na busca da cura interior. É prática antibíblica. É prática psicoterápica e não um meio espiritual de libertação. Por que nós vamos ter que voltar ao nosso passado, desde a concepção, passando pela infância, a adolescência, fase adulta, até àquele "Encontro" para podermos nos livrar de tudo o que nos aconteceu durante a nossa vida pregressa? Não tem sustentação bíblica. Compare Pv 11.8, II Co 5.17 e Fl 3.13, além de Jo 8.32 e 36. Para o crente o passado não mais existe, ficou no esquecimento, somos novas criaturas, passamos a ter nova vida no presente pelo poder transformador da palavra de Deus e projetamos o futuro alicerçado no amor e na santidade, que é um processo contínuo e dinâmico, diário, até chegarmos a varão perfeito (Ef 4.13, Fl. 3.13-14). Nos diz a Palavra de Deus que a ansiedade no coração do homem o abate (Pv 12.25), porém nos diz a mesma Palavra que o justo é libertado da angústia (Pv 11.8); que Deus conserva em paz aquele cuja mente está nEle (Is 26.13); a verdade nos libertando através de Cristo, estamos livres (Jo 8.32 e 36). É Deus que sara e liga as feridas (Sl 147.3). Se quisermos cura interior sigamos o que nos diz I Pe 5.6: "Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade porque Ele tem cuidado de vós." E o salmista nos disse: "Lança os teus cuidados sobre o Senhor e Ele te susterá" (Sl 55.22). Esta é a receita para a cura interior e não perdoando a antepassados, inclusive a Deus, e fazendo regressão!



Durante o Encontro seus participantes fazem duplas, quando então uma das duas pessoas passa a narrar o que aconteceu em sua vida passada, como sejam, seus traumas, frustrações e pecados cometidos, devendo a que está ouvindo permanecer em silêncio, até que seu companheiro ‘desabafe’ tudo que tem dentro de si. Terminada essa maratona, os papéis se invertem e o que estava ouvindo o lamento do outro vai adotar idêntico procedimento. Ou seja, a dupla confessa seus pecados mutuamente. Não vemos sustentação bíblica para isso. Até por que de que adianta confessar pecados a uma pessoa que nada tem a ver com o que aconteceu! Somente a Cristo devemos confessar nossos pecados para que sejam perdoados. E só devemos confessar nossas ofensas a outrem e pedir o seu perdão, quando essa tiver sido ofendida por nós ou o inverso, termos sido ofendidos por ela.

Quanta gente pelo Brasil afora tem adoecido após ter participado desses Encontros! Temos conhecimentos e testemunhos de pessoas que ficaram descompensadas emocionalmente em João Pessoa (PB), Manaus (AM), Brasília (DF), São Paulo (SP), entre outros. Só para exemplificar, citamos o caso de uma jovem de Brasília que precisou medicar-se, ficando internada por várias semanas e, seu pai, que não é evangélico, exigiu do pastor da igreja, onde ela fez o ‘encontro’, o custeio de todas as despesas realizadas com sua filha. E a Igreja viu-se obrigada a pagar tudo, sob pena de ser acionada judicialmente.

Para o modelo dos doze, "quando alguém prega a palavra, ministra cura interior, quebra maldições, ministra o batismo no Espírito, vão ter ‘pessoas curadas’, não vai haver pecado na Igreja, não vai haver imoralidade, não vai haver fofocas nem murmurações. É uma Igreja sadia" (pág. 123).

O que acha o leitor sobre a afirmativa acima? Que Igreja santa, não é verdade? Afirmamos à luz da Palavra de Deus, que perfeição só alcançaremos no Céu. Enquanto estivermos aqui na terra, toda e qualquer Igreja (as mais diversas denominações) terá problemas, enfrentará situações adversas, e até escândalos poderão haver. Aliás, serão inevitáveis, porque foi o próprio Jesus quem disse (Lc 17.1). Sempre haverá joio semeado no meio do trigo. Cremos, sim, numa Igreja sadia, porém trata-se da Igreja invisível e constituída por cristãos das mais diversas Igrejas genuinamente evangélicas. E somente o Senhor Deus conhece essa Igreja invisível.
Hipnose: porta para o ocultismo: Durante estes dias de um suposto grande estresse e pressão, [alega-se que] a hipnose estaria pronta a oferecer cura para as massas. A hipnose... [seria] uma ferramenta terapêutica que os profissionais de saúde [poderiam] tirar do baú para lutar contra o vício do fumo ou problemas de obesidade; para administrar os problemas de ansiedade, medos e fobias; para curar dor; superar depressão; melhorar a vida sexual das pessoas; para curar males tais como a asma e a febre; enfrentar quimioterapia sem sentir náuseas; para curar ferimentos mais rapidamente; e para aumentar as notas na escola. Além disso, ...a hipnose [poderia ser usada] como parte do processo terapêutico para reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos, para acelerar a recuperação do paciente, e para reduzir o desconforto pós-operatório. Dentistas [poderiam] usar técnicas hipnóticas em conjunto com óxido nitroso com o propósito de relaxar os pacientes, minimizar dor e hemorragia, e controlar a rejeição do paciente ao anestésico durante as intervenções.A parte mais triste disso tudo é que alguns cristãos desavisados estão dispostos a "tentar" a hipnose. Uma propaganda em um jornal, publicada por uma Clínica Hipnoterápica (existe até uma "Sociedade Americana para Hipnose Clínica"), fez algumas afirmações incríveis que indicam como a técnica de hipnose realmente não é bíblica (i.e., da Nova Era):A hipnose é o método mais efetivo de mudar a sua maneira de pensar, sentir e agir. Quando você alinha a sua mente subconsciente – sua voz interior – com sua mente consciente, você apaga crenças conflitantes que o restringem. Você pode então avançar, sem sabotar a si mesmo. As técnicas da clínica hipnótica guiam você a um estado de mente relaxado e pacífico. Você mantém total controle enquanto aprende a usar o poder de toda a sua mente a fim de criar um desejo forte de atingir o seu alvo. Você pode mudar a sua vida.A hipnose não é algo novo. Ela já tem sido usada durante milhares de anos por feiticeiros, médiuns espíritas, xamãs, hindus, budistas e iogues. Mas a popularidade crescente do uso da hipnose para a cura no mundo secular tem influenciado muitos na Igreja a aceitarem a hipnose como um meio de tratamento. Há médicos, dentistas, psiquiatras e psicólogos, não-cristãos e cristãos professos, que recomendam e usam a hipnose.Violentação da vontadeAinda que um hipnotizador possa produzir somente um transe leve ou médio, ele não pode impedir alguém hipnotizado de entrar espontaneamente na zona de perigo, a qual pode incluir um senso de separação do corpo, uma aparente clarividência, alucinação, estados místicos similares aos descritos pelos místicos orientais, e até o que o pesquisador de hipnotismo Ernest Higard descreve como "possessão demoníaca". Nós argumentaríamos que a hipnose pertence ao oculto em qualquer nível de transe, mas quando ela se aprofunda em seus níveis, a hipnose está indubitavelmente ligada ao ocultismo.Há controvérsias sobre se um hipnotizador pode ou não levar uma pessoa a fazer alguma coisa contra a sua própria vontade. Muitos hipnotizadores dizem categoricamente que a vontade não pode ser violada. Mas a evidência aponta em outra direção. A hipnose aumenta a capacidade de uma pessoa ser sugestionada a tal ponto que o sujeito crerá quase qualquer coisa que o hipnotizador lhe disser – até mesmo ao ponto de ter uma alucinação mediante a sugestão do hipnotizador. Durante a hipnose, as habilidades críticas de uma pessoa são reduzidas de tal forma a ponto de criar o que tem sido chamado de "transe lógico", o que aceita, sem discernimento, aquilo que normalmente pareceria irracional, ilógico e incompatível.Pelo fato de quase qualquer coisa parecer plausível para alguém no estado de transe, é possível para uma pessoa hipnotizada agir contra a sua vontade, ou seja, fazer o que não faria se estivesse fora do estado hipnótico. A hipnose passa por cima da vontade ao colocar a responsabilidade do lado de fora da escolha objetiva, racional e crítica. Com as habilidades normais de avaliação submergidas, a sugestibilidade aumentada, e as restrições racionais reduzidas, a vontade estará seriamente impedida e, no mínimo, aberta para ser violada."Memórias" do passado e previsões do futuroUm uso popular da hipnose tem sido o da procura da memória para "voltar até a infância". Alguns pacientes inclusive descrevem suas experiências do que eles crêem ser sua vida no ventre da mãe e seu nascimento subseqüente (isto é impossível, entretanto, por causa do fato científico neurológico de que a mielina do cérebro pós-natal é incapaz de guardar tais memórias). Outros ainda descrevem algum tipo de estado desincorporado e, então, o que eles identificam como sendo suas vidas passadas e antigas identidades. Quanto disso é criado pelo aumento da sugestibilidade, imaginação irrestrita, transe alucinógeno ou intervenção demoníaca não pode ser determinado! Além disso, a Bíblia claramente contradiz a noção de vidas passadas e reencarnação – "...aos homens está ordenado morrerem uma vez" (Hb 9.27).A hipnose nem mesmo é confiável para recordar coisas recentes. O que é "lembrado" sob o efeito da hipnose tem sido muitas vezes criado, reconstruído ou melhorado durante o estado de alta sugestibilidade. Pesquisas indicam que depois de hipnose, a pessoa é incapaz de distinguir entre uma recordação verdadeira e o que imaginou ou criou sob o efeito da sugestão. Muito provavelmente, a hipnose trará à luz falsas impressões como se fossem eventos verdadeiros do passado (indivíduos podem e muitas vezes mentem durante a hipnose!). É mais provável então que a hipnose mais contamine a memória do que ajude a pessoa a lembrar o que realmente aconteceu.Além da terapia hipnótica das vidas passadas, alguns praticantes estão fazendo agora terapia hipnótica da vida futura. A pessoa hipnotizada supostamente vê os futuros eventos, resolve assassinatos, revela os destinos futuros de personalidades bem conhecidas, etc. Alguém envolvido nessa viagem hipnótica deve perguntar a si mesmo: "Onde está a linha de demarcação entre o demoníaco e o divino, entre a esfera de Satanás e a da ciência? Em que ponto a porta das trevas se abre e o diabo conquista uma fortaleza na alma?"Rótulos científicosPelo fato de alguns médicos e psicólogos usarem a hipnose, a maioria crê que ela seja algo médico e, portanto, científico. O rótulo de "médica" antes da palavra hipnose dá a impressão de que a hipnose é benevolente e segura. Até mesmo alguns cristãos famosos alegam que a hipnose pode ser de ajuda se praticada por médicos cuja intenção seja boa e não má (apesar da hipnose ter sido investigada através de meios científicos, e existirem alguns critérios mensuráveis sobre o transe em si mesmo, a hipnose não é uma ciência).Ninguém sabe exatamente como a hipnose "funciona", além do óbvio "efeito placebo" – o uso bem-sucedido do "falso feedback" (falsa realimentação) da mesma maneira como o "feedback" é usada em técnicas ocultas comuns à acupuntura, biofeedback e psicoterapia. Mas combinar a palavra hipnose com a palavra terapia não transforma essa prática oculta em científica. Um paletó branco pode ser uma roupa bem mais respeitável do que penas e caras pintadas, mas as coisas básicas permanecem as mesmas. A hipnose é hipnose, mesmo que seja chamada de hipnose médica, hipnoterapia, auto-sugestão, ou qualquer outra coisa. A hipnose nas mãos de um médico é tão científica quanto uma forquilha para procurar água nas mãos de um engenheiro civil.Transes que ocorrem mediante a ação de médicos não são significantemente diferentes da hipnose do ocultismo. Nos seus artigos sobre hipnose, os quais são usados em escolas de medicina, dois renomados pesquisadores afirmam categoricamente: "O leitor não deveria se confundir pela suposta diferença entre hipnose, zen, ioga e outras metodologias orientais de cura. Ainda que os rituais de cada uma difiram uns dos outros, eles são fundamentalmente a mesma coisa." Só porque a hipnose é usada por um médico não significa que ela esteja livre de sua natureza ocultista. Mais e mais praticantes de medicina estão sendo influenciados por essas antigas práticas médicas do ocultismo. O movimento de cura holística tem casado, com muito sucesso, a medicina ocidental com o misticismo oriental.Transes hipnóticos auto-induzidosAqueles que poderiam se sentir um pouco nervosos com o fato de serem hipnotizados por outros, muitas vezes, tendem a se sentir seguros com a auto-hipnose (ainda que essas pessoas, em um transe hipnótico auto-induzido, possam ganhar um certo controle e exercitar algum grau de escolha, eles, mesmo assim, não retêm o seu meio normal de avaliação da realidade, e moderação racional). Mestres de auto-hipnose geralmente tentarão assegurar às pessoas que a hipnose é simplesmente a atenção enfocada, concentração aumentada, relaxamento, visualização e imaginação. No entanto, tais atividades são precisamente os meios para se entrar em transe. Além disso, eles continuam ligados em um nível diferente durante o transe. Ao imaginar que está deixando o corpo, a pessoa pode entrar em um transe com o tipo de alucinação e transe lógico de tal forma que realmente parece estar fora de seu corpo.Um médico, ao ensinar auto-hipnose em uma classe, instruiu seus estudantes a entrarem em transe hipnótico, deixarem seus corpos, e então voltarem-se para explorar várias partes dos seus corpos. O propósito de tal exercício era o auto-diagnóstico e a cura de si mesmo. O ocultista Edgar Cayce também usou auto-hipnose para diagnosticar enfermidades e prescrever tratamentos. Portanto, a auto-hipnose pode ser uma atividade tão ocultista e demoníaca como um transe dirigido por um hipnotizador.Hipnose e ocultismoEm seu livro Peace, Prosperity and the Coming Holocaust (Paz, Prosperidade e o Futuro Holocausto), Dave Hunt faz algumas observações interessantes a respeito do porquê ele classificaria hipnose como parte do ocultismo:Uma razão para chamarmos a hipnoterapia de um ritual religioso é o fato de que ela produz efeitos misteriosos que deixarão totalmente confundido um investigador que a analise como ciência; (1) sob hipnose administrada por psiquiatras, pessoas que nunca tiveram contato com OVNIs podem ser estimuladas a "lembrarem-se" de um rapto por um OVNI que coincide em detalhes com aqueles descritos por outros que supostamente foram raptados por eles; (2) a hipnose também leva a ter "memórias" espontâneas de vidas passadas e futuras, com mais ou menos um quinto delas envolvendo uma existência em outros planetas; (3) o transe hipnótico também duplica as experiências que são comuns sob o estímulo de drogas psicodélicas, meditação transcendental, e outras formas de ioga e meditação orientais; (4) a hipnose também cria poderes psíquicos espontâneos, clarividência, experiências fora do corpo, e todo um espectro de fenômenos ocultos; e (5) a experiência da chamada morte clínica (quase-morte) é também produzida sob hipnose.Duas conclusões que a maioria dos investigadores acha muito desagradáveis, mas que parecem ser inescapáveis são as seguintes: (1) há uma origem comum por detrás de todos os fenômenos ocultos, incluindo OVNIs, que parece estar hábil e deliberadamente orquestrando uma fraude inteligente para seus próprios propósitos; e (2) a hipnose, ou o poder da sugestão, está no coração desse esquema de fenômenos ocultos.A conexão entre a hipnose e o misticismo oriental é evidente. Nas várias profundidades do transe hipnótico, pacientes descrevem experiências que são idênticas a da consciência cósmica e auto-realização induzidas pelo transe da ioga. Eles primeiro experimentam uma paz profunda, depois a separação do corpo, depois a liberação de sua própria e pequena identidade a fim de fundirem-se com o Universo, e o sentimento de que eles são tudo e não têm qualquer limitação para o que podem experimentar ou se tornar. Por exemplo, uma consciência de ser deus "na qual o tempo, o espaço e o ego são supostamente transcendentes, mergulhando na pura consciência do nada primal do qual toda a criação existente tem sua origem."A hipnose começou como parte do ocultismo e da religião falsa. A Bíblia fala fortemente contra todas as práticas das falsas religiões e do ocultismo. Deus deseja que o Seu povo, com suas necessidades, se volte para Ele, e não para aqueles que praticam feitiçaria, adivinhação ou encantamento. Ele avisa Seu povo para não seguir médiuns, mágicos, encantadores, feiticeiros, e aqueles que consultam os mortos (Deuteronômio 18.9-14). A hipnose, tal como é praticada hoje, pode muito bem ser a mesma coisa que é identificada na Bíblia como "encantamento" (Levítico 19.26).No hipnotismo, a fé é transferida de Deus e de Sua Palavra para o hipnotizador e sua técnica. Deus fala ao Seu povo através da mente consciente e racional. Ele criou os indivíduos como criaturas que fazem escolhas conscientes e volitivas. Ele enviou o Seu Santo Espírito para habitar nos cristãos a fim de capacitá-los a confiar nEle e obedecer-Lhe através do amor e da escolha consciente. A hipnose, por outro lado, opera na base da imaginação, ilusão, alucinação e engano. Jesus alertou Seus seguidores contra o engano. Depois que uma pessoa abre a sua mente para o engano através da hipnose, ela pode se tornar muito mais vulnerável a outras formas de fraude espiritual.A hipnose pode gerar as imitações satânicas do exercício da verdadeira religião. Se a hipnose gera qualquer forma de fé e adoração que não é dirigida diretamente para o Deus da Bíblia, qualquer pessoa que se submete ao hipnotismo pode estar fazendo o papel de prostituta na esfera espiritual (veja Lv 19.26,31; 20.6,27; Dt 18.9-14; 2 Rs 21.6; 2 Cr 33.6; Is 47.9-13; Jr 27.9).O hipnotismo é, na melhor das hipóteses, potencialmente perigoso, e, no pior dos casos, demoníaco. No pior caso, ele abre um indivíduo para experiências psíquicas e de possessão satânica. Quando os médiuns entram em transe hipnótico e contatam os "mortos‘, quando os clarividentes revelam informações que eles não poderiam conhecer de forma alguma, quando os prognosticadores, através de auto-hipnose, revelam o futuro, certamente Satanás está agindo.ConclusãoDevido a todas essas razões: porque a hipnose tem sempre sido uma parte integral do ocultismo, porque ela não é uma ciência, por causa dos seus conhecidos efeitos maléficos, e por causa de sua fraude espiritual, o cristão deve evitá-la completamente, até mesmo por motivos "médicos". É óbvio que a hipnose é letal se usada com propósitos maus. No entanto, nós argumentamos que a hipnose é potencialmente letal seja para qualquer propósito que for usada. No momento em que alguém se rende à porta do ocultismo, mesmo em nome da "ciência" e da "medicina", ele se torna vulnerável aos poderes das trevas.


O MODELO É CÉLULA E NÃO IGREJA

Sintetizamos abaixo os princípios básicos que norteiam o Movimento dos Doze (G-12), de acordo com os seus criadores, cujos pensamentos estão contidos nos livros Sonha e Ganharás o Mundo, do Pastor César Castellanos Dominguez, e Plano Estratégico para Redenção da Nação, da Pastora Valnice Milhomens Coelho:

Jesus confiou-nos a missão de fazer discípulos e não membros de igreja;

A única Igreja certa é a do G-12, ou seja, em Células;

Todo novo convertido deve ser conduzido a uma Célula (não é a uma Igreja), onde deve ser acompanhado por um Líder de Célula e, ao fim de dois meses, participar do "Encontro", quando então se dá o novo nascimento;

Os Pastores apenas supervisionam as Células;

Visão dos Doze: virada na unção ministerial. Unção em uma equipe e não somente numa só pessoa. É para romper esquemas. Todos têm capacidade para pastorear;

O que se presta a Deus no Templo é uma celebração e não um Culto. Porém nos diz o Apóstolo Paulo que devemos prestar a Deus é um culto (Rm 12.1) e não uma celebração. Ressalte-se, entretanto, que o culto não deixa de ser uma celebração, porém a celebração do G-12 é um trabalho totalmente diferente (com danças, assobios, gritos, etc, etc.) daquele que conhecemos e prestamos a Deus.

A preocupação maior, o alvo principal e o objetivo a ser perseguido dentro do Modelo dos Doze, é procurar reter o fruto, ou seja, o crente permanecer na Célula; fazer a Igreja crescer quantitativamente, às custas de inovações e rituais tirados do judaísmo, do espiritismo, do catolicismo romano e, porque não dizer, até de seitas orientais;

O verdadeiro encontro da pessoa com Cristo só se dá nos chamados "Encontros";

O "Encontro" vale mais do que um ano de assistência efetiva à Igreja;

O "Encontro" é mais importante do que o batismo nas águas e o batismo no Espírito Santo;

Todos têm capacidade para ser líderes (Pastores). É bastante seguir a "Escada do Sucesso" e, após um ano de treinamento, estarão aptos a ser líderes de Doze.

Refrão do Movimento: "O encontro é tremendo". Porém sabemos que tremendo só Deus, este é mesmo ‘tremendo’ (I Cr16.25, Sl. 111.9). Deus é que deve ser extremamente tremendo (Sl 89.7) e não um "Encontro" sem base bíblica.

O G-12 guarda o Sábado com pequenas diferenças em relação aos adventistas. E o dia para eles termina às 18 horas e não às 24 horas. Isto porque, segundo afirmam, o dia no início da criação terminava à tarde, na "virada do dia", quando Deus ia ter o encontro diário com Adão.

Eles acham que estão sendo injustiçados e mal compreendidos pelas demais igrejas. Entendem que estão passando o que Assembléia de Deus suportou por várias décadas. Mas que diferença! As Assembléias de Deus sofreram discriminação por defender o poder pentecostal que é bíblico e que já é aceito por todas ou quase todas as denominações, enquanto que as Igrejas integrantes do G-12 pregam e disseminam heresias que não têm sustentação bíblica.





Ritos utilizados nas igrejas do G-12, por ocasião das celebrações:
Formação de trenzinhos com pequenas bandeiras levantadas pelas mãos, pelo meio do Templo. Essa atitude está mais para brincadeira de estudantes em suas escolas, do que para um povo que se diz ser cristão;

O púlpito se transforma num palco de danças, após o encerramento das celebrações. Dizem que assim procedem porque tanto Davi como Miriam também dançaram. Porém esquecem-se de que houve motivos fortes para que eles assim procedessem. O primeiro dançou pela recuperação da Arca do Senhor, que estava em mãos de uma nação inimiga. Miriam o fez pelo grande milagre que Deus operara, quando dividiu o mar vermelho em duas partes e o povo atravessou em solo seco. E há de se observar, também, que foram fatos isolados - apenas duas vezes – e mesmo assim nenhum deles dois dançou no Templo do Senhor. A Casa de Deus merece respeito e é lugar de adoração e não de dançarinos;

É carregada uma tocha, pelo meio do Templo, a fim de que todos a toquem, e possam, assim, ser abençoados. Parece até uma brincadeira!. Nada há de espiritual nesse gesto, nem amparo bíblico; meninice, apenas;

Unção com óleo para todos serem ungidos e receberem a benção de Deus, podendo até levar para ungir suas casas. Mas que aberração! Haja vista o que está contido no Novo Testamento, que o óleo serve apenas para ungir os doentes (Mc 6.3 e Tg 5.14). Mas eles utilizam o óleo até para impedir que navio não navegue por caminhos já traçados, como aconteceu por ocasião das comemorações dos quinhentos anos de descobrimento do Brasil. Pois aconteceu, sim senhor. Simplesmente os adeptos do G-12 foram para o alto mar, em Salvador, e derramaram várias latas de ‘óleo ungido’, a fim de que o navio que o governo brasileiro havia construído, para fazer o percurso da capital baiana até Porto Seguro, não chegasse ao seu destino. Sabemos que realmente a embarcação ‘quebrou’ duas vezes, não tendo feito a viagem programada, mas temos a informação – e a imprensa divulgou para todo o país – que o fracasso deveu-se a falhas ocorridas na construção do barco, imperícia técnica de seus construtores. Não foi, portanto, o ato praticado por eles que a embarcação não chegou ao seu destino.

Oração do cai-cai, ocasião em que oram pelas pessoas e estas caem por terra. No Novo Testamento não tem fatos desta espécie. Há casos em que as pessoas caíram ao ouvirem a voz de Deus. Os primeiros foram os oficiais e fariseus que procuravam Jesus para o prender (Jo. 18.3-6) e quando Paulo viu o resplendor de Cristo (At. 9.3-4). Há o caso dos discípulos Pedro, Tiago e João, quando da transfiguração de Jesus Cristo. Ao ouvirem a voz de Deus, em que reafirmou ser Cristo o Seu filho, Eles caíram sobre seus rostos em terra (Mt. 17:5-7). Em Ap.1.13, 16-17 João caiu, porém estava em espírito quando de seu arrebatamento ao céu, ou seja, caiu em espírito e não em corpo físico. Os casos citados no Velho Testamento (Dn.10.5-6 e Ez. 1.28, 3.23 e 43.3) referem-se a profetas diante de seres celestiais e não de pobres mortais. Curioso é que em todos estes casos, os personagens caíram com o rosto em terra, para frente, portanto, enquanto que os do G-12 e seguidores de Benny Hinn sempre caem para trás, o que é muito estranho (É bíblico? Não encontramos respaldo nas Escrituras Sagradas). Ponderamos também que eles caem e, ao levantarem-se, continuam do mesmo jeito que caíram, nada se lhes acrescentou espiritualmente falando. No máximo ficam em estado de êxtase e nada mais;

Baseados em Atos 18.18, os homens das Igrejas do G-12 estão rapando suas cabeças (e deixando a barba crescer), em forma de voto, a exemplo do que o Apóstolo Paulo fez. Eles querem tornar-se nazireus, porém devem entender que no nazireado os homens primeiro deixavam os cabelos crescerem e, após o término do voto, é que rapavam suas cabeças, conforme podemos observar o que está contido no capítulo 6 do livro de Números. Porém, esquecem que os próprios Apóstolos ensinaram que nós, os gentios, que cremos, não devemos observar tal prática. Dizem que adotam essa prática como forma de sacrifício. Mas será que o sacrifício feito por Cristo não nos foi suficiente? Que Deus tenha Misericórdia! Os gedozistas desconhecem o que está contido em Atos 21.21-25, principalmente o que está escrito no último versículo, que assim diz: "todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já nós havemos escrito e achado por bem que nada disto observem [rapar a cabeça]; mas que só se guardem do que é sacrificado aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da prostituição" (edição João Ferreira de Almeida, revista e corrigida e Antigua Versión de Casiodoro de Reina, de 1569, revisada por Cipriano de Valera em 1602 e outras revisiones, em 1862, 1909 e 1960, além de outras edições por nós consultadas). É de bom alvitre que se diga também, que até as mulheres desse movimento estão rapando suas cabeças. Uma delas afirmou-me que tal prática é para passar para Deus a ‘sua glória’ (a glória dela), como forma de voto, objetivando obter a ‘redenção’ do Senhor para a sua família. Mas indagamos: que glória o homem ou a mulher tem para dar a Deus?! Quem somos nós? Pó e cinza e nada mais. Ainda que fizéssemos tudo o que Cristo quer que façamos, ainda assim seríamos considerados como servos inúteis. Diz-nos a Bíblia que nossa justiça é considerada como ‘trapo’ diante de Deus. É Ele, Deus, que tem glória para nos oferecer e não nós, pobres mortais! Ademais, nos afirma a sua Palavra que é desonroso para a mulher cortar o seu cabelo (quanto mais rapar!) – I Co 11.15- e como é que Deus iria se agradar duma glória (glória?) dessa?!. Digamos como o Apóstolo Paulo: nós não temos tal costume, nem as Igrejas de Deus (I Co 11.16). Se fôssemos considerar como sendo um sacrifício, segundo eles afirmam, o nosso irmão Davi assim se expressou: ‘porque te não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus!’ (Sl 51.16-17). O sacrifício que Deus requer de nós todos são: a) louvor, a prática do bem e a mútua cooperação (Hb 13.15-16); b) o culto racional que prestamos a Ele (Rm 12.1); c) o que se dá a quem precisa (Fl 4.18) e os sacrifícios espirituais (não materiais, não físicos – estes Deus não quer mais!) agradáveis através de Jesus Cristo (I Pe 2.5).É para ‘redenção’ de alguém? Perguntamos: a redenção de Cristo não foi suficiente, não? Simplesmente é um absurdo o que estão fazendo!





CONCLUSÃO
Afirmamos que a Igreja em Células, (repetimos, não é com Células), baseada na "Visão" do Grupo dos Doze (G-12), abre mão de todos os princípios regimentais de sustentação da Igreja como organização, eliminando pontos de doutrinas e princípios de liturgia e sistema de governo eclesiástico.

Dizem que somente eles é que são detentores da ‘unção’ de Deus, do Espírito de Deus. Chamam-na de "nova unção". Será que dá para entender? Não encontrei na Bíblia nada que denotasse essa afirmativa. Até porque a unção de Deus não envelhece, não fica velha. Por que então nova unção?

Sabemos que as aberrações, as contradições e as discrepâncias que vêm proliferando no contexto cristão hodierno têm se constituído afronta àqueles que lutam e se esforçam pelo cumprimento da verdade e da coerência (Rm 15.4 e II Tm 3.16-17).

É certo que não devemos ser juízes de ninguém, mas, por outro lado, não devemos ser tolos e facilmente enganados. A Visão de Deus para o mundo é Cristo e não a de Castellanos!

O aspecto mais perigoso da falsa doutrina é que se apresenta como verdadeira. Aparece como uma medida corretiva, pretendendo restabelecer a verdadeira doutrina, É propagada por aqueles que têm convicção de ter recebido uma nova revelação ou uma interpretação melhor da verdade já estabelecida. Em quaisquer dos casos, tais pessoas convencem-se de estar certas e de que todas as outras estão totalmente erradas. Dizem que somente ‘agora’, a partir do dia em que abraçaram a "visão" é que encontraram a verdade, em que pese muitos deles já se dizerem crentes há cinco, dez, vinte anos ou mais. Desconhecem todo o seu passado como cristãos (entendemos que não o eram uma vez que somente ‘agora’ é que dizem ter encontrado a verdade, estarem na verdade). Soubemos na Venezuela, onde estivemos no final do ano de 2000, que os templos da Missão Carismática Internacional, do pastor César Castellanos, são comuns à Igreja Católica da Colômbia, ou seja, os locais que são utilizados pela igreja daquele pastor, também são usados pelos padres daquele país. Assim, num determinado dia pode haver uma celebração do G-12 e num outro uma missa da igreja católica. Puro ecumenismo, portanto.

Essa foi TREMENDA: Silas Malafaia, René Terra Nova e Valnice Milhomens
Recebi a informação que durante o Congresso Passando o Manto com líderes da Visão celular como; Apóstolo René Terra Nova , Apóstola Valnice Milhomens e Profeta Dr. Morris Cerullo e Rev. Dr. Mike Murdock, entre outros, o pastor Silas Malafaia pediu PERDÃO a Apóstola Valnice. O perdão seria pelas ofensas, agressões verbais e calúnias que liberou durantes muitos anos por causa da Visão do G12. Após essa atitude, a multidão liberou brados extravagantes e muitas lágrimas diante dessa tão “maravilhosa” atitude. Sem esquecer que no mesmo dia, Silas abraçou reconciliando-se com os ministros do Ministério Trazendo a Arca (ex-Toque no Altar), a quem havia exortado como rebeldes em uma de suas pregações.

Hoje Silas está envolvido com líderes da "Visão do G12" - visão que ele chamou de coisa do diabo - e com o líder primaz desse movimento no Brasil, René Terra Nova. Veja o que diz um site do movimento G12 sobre essa questão: “... sem esquecer-se do perdão que ele pediu ao Apóstolo René em um encontro de pastores nos EUA” – Isso sim é tremendo!!! Silas, como sempre, muda de idéias e de conceitos facilmente como quem muda de roupa. Antes era contra a doutrina da prosperidade e hoje vive elogiando o Profeta Morris Cerullo e o Rev. Mike Murdock; vivia condenando a doutrina do G12 e hoje vive elogiando e pegando carona nesses congressos celulares.

Diz uma fonte do G12 sobre Silas Malafaia e seu arrependimento: Nosso Apóstolo René Terra Nova e o pastor ASSEMBLEIANO anti-g12 Silas Malafaia, que até um tempinho atrás era nosso acusador principal, que nos condenava e caluniava sabatinamente por coisas que nem nós mesmos conhecemos, agora se deixa fotografar ao lado com nosso amado Apóstolo. O mesmo participará de um congresso com o Apóstolo René em Brasília - DF em julho deste ano. Que mudança para quem disse que nunca dividiria o mesmo púlpito ou altar com gedozista. Incrível!Toda essa novidade só me faz entender algo: René sempre foi um grande homem de Deus, um profeta legítimo; O G12 nunca foi algo do diabo ou coisa assim, pois somente algo vindo de Deus para sobreviver tantos ataques e continuar firme; e que o pastor Silas é maleável demais, hoje diz algo, condena e amanhã aplaude, aprova e respeita, e quem sabe mais tarde um pouco, seguirá. (http://diariodeumprofeta.blogspot.com).

Conclusão:

O que percebemos é que o Pr. Silas Malafaia se perdeu nessa questão e pendeu-se para o lado de movimentos e pessoas heréticas. Lamentamos, pois tínhamos nele uma pessoa salutar ao evangelho, mas hoje fica difícil de sustentar esse mesmo sentimento. Por isso, oremos pelo evangelho no Brasil!

Fonte de pesquisas:

http://www.cpr.org.br/ds48-10.htm

http://diariodeumprofeta.blogspot.com

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